Português (Brasil)

Prazo da RRF é espichado até março de 2024

Prazo da RRF é espichado até março de 2024

O senador Rodrigo Pacheco foi quem deu a notícia de um acordo com o ministro Hadadd, da Fazenda. O que dará mais tempo ao governo federal de analisar a proposta feita por Pacheco

Compartilhe este conteúdo:

07-12-2023 às 19:49h.

Direto da Redação

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, deve relaxar com a notícia dada pelo senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, sobre o acordo com Fernando Hadadd (PT) para adiar as cobranças das parcelas dos mais de R$ 160 bilhões da dívida do Estado com a União.

Até o dia 31 de março de 2024, o governador pode respirar mais aliviado e assim o governo Federal ganha tempo para analisar a proposta do senador Pacheco, de federalizar as estatais mineiras e assim reduzir o débito que a cada dia cresce um pouco mais como fermento na massa de um bolo.  

“Apresentamos uma proposta para o equacionamento da dívida e não o adiamento da dívida. Há um regime de recuperação fiscal sendo discutido na ALMG, que nós consideramos que não resolve o problema, só adia e aumenta o valor da dívida para os mineiros e as mineiras, impõe um enorme sacrifício aos servidores públicos, pressupõe a venda das estatais mineiras. Fizemos uma proposta alternativa que é objeto de estudo do Ministério da Fazenda. O ministro Haddad reiterou o cabimento da proposta, que ela tem sustentabilidade, eles já estão fazendo os estudos jurídicos e técnicos sobre a proposta”, disse o senador.

O governador de Minas, Romeu Zema havia enviado ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando mais 120 dias para decidir aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), e, com isso ganhar tempo para adotar a melhor maneira de resolver essa dívida acumulada de mais de R$ 160 bilhões com a União.

O prazo vence no próximo dia 20, e o governador já havia enviado à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) uma proposta que não é a ideal porque sacrifica tanto os servidores, que não teriam aumento de salário por noves anos, com também a máquina governamental.

Felizmente, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira entraram em campo e em contato com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Hadadd, encontraram uma saída melhor que poupa tanto o servidor com a máquina do Estado.

Essa vai ser a solução, mas, evidentemente, uma solução dessa não acontece da noite para o dia, e o governador Zema, que a essa altura devia ser grato pela solução encontrada pelo senador Rodrigo Pacheco, teceu críticas dizendo ser tudo “falação”.

O presidente do Senado, com o jeito mais mineiro do que o de Zema, reagiu dizendo que o governador não pagou a dívida durante mais de cinco anos e agora quer “uma solução para ontem”.

Convém que o governador relaxe e dê demonstração de ser um político, como tem sido o senador Pacheco, que poderá ser candidato ao governo de Minas. Se Zema fosse mais político, antes de apresentar o seu projeto para saldar a dívida, teria conversado com um e com outro para encontrar a melhor maneira de resolver a pendência.

Precipitando, ele acabou abrindo uma boa brecha para Rodrigo Pacheco entrar e colher os louros resolvendo uma questão que estava mais para pesadelo do que sonho de quitar uma dívida que não foram os mineiros nem os servidores que fizeram.

Então, que o governador procure se acalmar e aguardar a resposta do STF e a solução engendrada por Pacheco, que, comedidamente, como parece ser o estilo dele, está construindo a solução, e se comporta como bom mineiro.

Compartilhe este conteúdo:

 

Synergyco

 

RBN