30-11-2023 às 08:48h.

Direto da Redação

A julgar pela disposição do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), que ainda não se declarou candidato a reeleição, ele irá transformar a capital dos mineiros, de modo que poderá vir a estabelecer para BH parâmetro entre “o antes” e “o depois” das 300 obras que ele, concomitantemente toca na capital.

São intervenções estruturais e de porte em drenagem, mobilidade e infraestrutura de saúde, na realidade um pacote no qual estão contidos projetos já em licitação, em andamento e já terminado, tendo em vista enfrentar os desafios de uma cidade que parece ter parado no tempo. Quais desafios, por exemplo? As enchentes, gargalos no trânsito e as questões relativas à urbanização, ruas, vilas e favelas.

“Estamos fazendo o maior conjunto de obras contra enchentes e proteção de encostas da história de Belo Horizonte”, assegura Fuad Noman, sem meias palavras.

É bem verdade que as comemorações dos 126 anos da cidade estão chegando e as intervenções já irão mostrar a eficácia em alguns gargalos, como os velhos conhecidos de todos nós, os corredores das avenidas Cristiano Machado, a caminho do vetor Norte de BH, e Vilarinho, em Venda Nova.

Na opinião de Fuad, em Venda Nova está em andamento um dos mais complexos projetos de engenharia do País.

Entretanto, os belo-horizontinos e demais moradores da capital vindos de outras plagas só verão de fato os resultados trazidos pelas obras de drenagem no ano que vem, embora sabe-se que algumas delas mostraram para que foram criadas já nos temporais caídos em BH.

Com estimativa de conclusão no segundo semestre do ano que vem, dentro em pouco tempo a bacia terá pronta 80% de sua capacidade de armazenamento, que é de 270 milhões de litros.

O prefeito afirma que a importância das intervenções é tão grande que “talvez sejam as obras de engenharia mais complexas que se tem hoje no Brasil. É como se nós estivéssemos enterrando um prédio de dois andares”, compara ele.

O que vem sendo feito lá espera-se que venha a melhorar a drenagem e assim reduzir o risco de inundações nas bacias do Córrego Vilarinho e do Ribeirão Isidoro.

Um sistema de macrodrenagem do Córrego Santa Inês, onde acontecem alagamentos, e, inclusive, recebeu visita recente do prefeito, lá serão instalados 900 metros de uma canalização, até a Via 710.

Estão em andamento obras de drenagem em áreas de córregos e ribeirões nas regionais Venda Nova, Pampulha, Barreiro, Leste e Oeste, com conclusão só no ano que vem.  

Mas a PBH está ocupada também com atitudes de prevenção, o que, aliás, faz parte do “pacote” de infraestrutura que ora recebe investimentos. As medidas são para amenizar riscos tanto para moradores como para os lojistas da área.

“Nós mapeamos todas as encostas. Belo Horizonte tem uma topografia muito complexa e as pessoas, às vezes, por falta de opção, acabam construindo suas moradias em locais de altíssimo risco, que favorecem a erosão”, disse o prefeito.

O trânsito de veículos da capital é outro problema sério; Belo Horizonte carrega a fama de ter um dos tráfegos mais complicados. A PBH vai cuidar da mobilidade e para isso fará um conjunto de obras na Avenida Cristiano Machado. Serão três viadutos nos cruzamentos das avenidas Waldomiro Lobo, Sebastião de Brito e Saramenha, com previsão de entrega em 2026.

O Shopping Estação BH, próximo à Catedral Cristo Rei, no Bairro Juliana, Região Norte deverá ganhar uma trincheira, no pacote de licitações de 2024.

Contra inundações na Avenida Cristiano Machado, outro problema histórico da região, a PBH fará obras no Ribeirão Pampulha.

Será construído um canal paralelo ao Ribeirão Pampulha, com previsão de entrega até 2026. No local, será feito também o remanejamento de esgoto que hoje contamina o ribeirão.

As intervenções da PBH na área aumentarão a capacidade de tráfego da Cristiano Machado e reduzirá os congestionamentos com melhor acessibilidade aos bairros Pampulha e Venda Nova.