21-11-2023 às 09:09h.

Direto da Redação

Se o médico sanitarista Hermes de Paula fosse vivo, ele e o poeta Cândido Canela, mais o médico do coração, João Valle Maurício e o empresário Luiz de Paula Ferreira, dentre outros, estariam de certa forma felizes em saber que o pequi, fruto do pequizeiro que eles tanto defenderam, está sendo bem valorizado em Montes Claros, que promove, de 24 a 26 próximos, a 30ª versão do Festival Nacional do Pequi 2023.

Desta feita, os montes-clarinos irão comemorar os 80 anos do poeta cantador e escritor Téo Azevedo, nascido em Alto Belo, próximo de Montes Claros, que criou raízes na cidade, um contumaz defensor do pequi, que ele canta em versos e prosa.

Teó traz a Folia de Reis de Alto Belo para tornar ainda mais bonita a festa, com um detalhe muito importante, ela não está acontecendo no final da safra, mas no início dela, quando os ares de Montes Claros cheiram a pequi.

As comemorações terão como palco a Praça Doutor Chaves, mais conhecida por Praça da Matriz, que foi recuperada pela administração Humberto Souto, que hoje em dia tem o vice-prefeito Guilherme Guimarães como “braço direito” e à frente da Prefeitura de Montes Claros.

A programação do festival terá os convidados de Téo Azevedo, a começar de Paulinho Pedra Azul, Aggeu Marques, Noêno da Viola e Maurinho, Hebert Lincoln, João Ormono, Valmyr de Oliveira, Bianca Luar, Trilha da Leitura, Marcelo Godoy e Marcos Paracatu.

A Festa do Pequi surgiu em Montes Claros na segunda administração do prefeito Luiz Tadeu Leite (PMDB), o único a ser eleito três vezes para governar o município (1983/88, 1993/96 e 2009/2012). O evento foi criado por ele em 1993, dentro da ideia de que o pequi, pelo seu potencial sob todos os aspectos sociais – gera renda, trabalho, literatura, poesia, música – é o único alimento que mais contém vitamina “A” (em 100gr da polpa contém 200 mil Unidades de Vitamina A, fora outras) é um complexo vitamínico.

Nunca antes o pequi foi tão valorizado. Na década de 1970, ele chegou ao Mercado Central de Belo Horizonte e hoje em dia é encontrado nas ruas da capital, na safra, que já está iniciando. Dura pouco tempo, até início de fevereiro, no máximo.

Atualmente, o fruto é usado não só na alimentação, mas também na perfumaria, na forma de licor, mas principalmente no arroz. Montes Claros é um lugar onde o arroz com pequi e carne de sol é o mais delicioso do Brasil.