16-11-2023 às 08:55h.

Direto da Redação

É plenamente compreensível a preocupação do prefeito Celso Cota, de Mariana (MG) quanto à estrutura da empresa mineradora Vale, na mina de Fábrica Nova, no distrito de Santa Rita Durão na região Central de Minas, interditada devido a problemas de estabilidade de três pilhas de estéril.

Ele, como prefeito, numa situação dessa, está mais ocupado com a segurança da população. Afinal de contas, a lida não é com nenhum novato no ramo de mineração, mas uma empresa que carrega por onde for, no currículo, os dois piores acidentes com barragens, um em Mariana (2015) e o outro em Brumadinho (2019).

O prefeito tem razão de cobrar da Agência Nacional de Mineração (ANM) mais fiscalização nas estruturas da Vale. Ele até deu entrevista coletiva, lá em Mariana, externando a sua preocupação, porque os dois acidentes foram de certa forma mal avaliados e se uma terceira vez acontecer mais do mesmo, será algo que não dá nem para imaginar.

Apesar de que em nota divulgada, a empresa de certa forma menosprezou e chamou de irrelevantes os estragos que um possível rompimento de barragem causaria. Dizer isso, com essas palavras parece ser muito simples. O problema é viver uma situação dessa, permanentemente, só o estresse para a população que se sente ameaçada, já é um problema relevante.

“O impacto psicológico foi muito grande”, lembra o prefeito, e por esses dias foi revivido. “Nós ficamos muito apreensivos com a possibilidade de uma tragédia, mas, com os laudos técnicos, sabemos que nossa gente não está em risco. Cobramos uma atuação mais responsável da ANM na fiscalização e nos critérios de divulgação de informações”, o prefeito disse.

Mesmo com o subsecretário de Defesa Civil de Mariana, Welbert Stopa tendo descartado evacuar a população, e justificando a decisão com base em laudos técnicos, ainda assim fica nas cabeças dos que ali na vizinhança moram, um pesadelo. Acabam não tendo paz e vivem uma ameaça constante. O que deve ser providencial é acabar com esse tipo de barragem.