26-10-2023 às 11:42h.

Direto da redação

Quase 24 anos (1980) depois de o Papa João Paulo II ter visitado a capital mineira, onde do alto da Avenida Afonso Pena, próximo da Serra do Curral, ele pronunciou a frase que ainda ecoa: “Que belos horizontes”, a praça batizada com o nome dele receberá a primeira reforma.

Uma licitação foi aberta estipulando o valor de $ 11.927.585,77 para promover melhorias na praça, no Bairro Mangabeiras, região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi publicada, no Diário Oficial do Município (DOM), deste 25.

Na verdade informo que a praça vai passar por requalificação dentro do programa denominado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) de “Centro de Todo Mundo” que visa qualificar a região Central.

O Diário de Minas aplaude a iniciativa da PBH e aproveita a oportunidade para rememorar, aqui, a visita de João Paulo, quando o escrevinhador destas linhas trabalhava no Jornal de Shopping, início da década de 1980, com Redação no Edifício Acaiaca (Palavra indígena considerada “palíndromo”.

O objetivo foi passar a tarde e a noite anterior à visita do Papa no alto da Avenida Afonso Pena a fim de vivenciar o comportamento das pessoas que ali também passaram a tarde e à noite.

Foi algo de um magnetismo humano que não se pode descrever por palavras. As cenas eram de orações e de um fervor difícil de aquilatar, muitos protegidos pelo frio por meio de cobertores e colchonetes. Outros nem tanto, mas andando em meio à multidão concentrada.

O repórter ficou em cobertura, sem voltar à Redação até o final da partida de João Paulo. Cheguei ao jornal às 17h a tempo de redigir o material para circular domingo porque era um semanário dirigido pelo escritor e jornalista Wander Piroli.

O jornal publicou uma página inteira, com chamada de primeira, claro, porque a visita foi a mais emocionante, e me recordo de um momento, nós jornalistas ao lado ao palanque do Papa, pudemos observar o carisma dele, que, sentado deu uma sacudidela de lenço, sem levantar o braço, e a multidão correspondeu com seus lenços brancos e em coro de vozes.

Karol Wojtyla veio a BH no dia 1º de julho de 1980. As ruas da se encheram de gente esperançosa de ver, mesmo que de longe o Papa carinhosamente chamado de João de Deus, fruto de seu carisma e caridade.

Várias pessoas conseguiram segurá-lo. Teve uma pessoa que via nele um santo – e acabou sendo canonizado pela Santa Fé – que se sentiu ungida só de tocar na veste dele.

A recepção de João Paulo teve início no Aeroporto da Pampulha.  O cortejo foi Avenida Santa Rosa, Viaduto São Francisco, Conjunto IAPI, Praça Rio Branco, Praça Sete, Praça Tiradentes, Praça do ABC, Praça Milton Campos Praça, Praça da Bandeira chegando a Praça Israel Pinheiro. O Papamóvel seguiu da Avenida Afonso Pena até o bairro Mangabeiras, na Praça João Pinheiro. Depois da visita simbolicamente o logradouro passou a ser chamado de Praça do Papa. E praça do Papa ficou