Português (Brasil)

Performance do agronegócio mineiro vai bem para o setor

Performance do agronegócio mineiro vai bem para o setor

As vendas externas de celulose, madeira, papel e borracha são destaques com US$ 823 milhões e 1,3 milhão de toneladas, com aumento de 29% na receita e de 22% no volume.

Compartilhe este conteúdo:

23-10-2023 às 17:55h.

Direto da Redação

É digna de aplausos a performance do agronegócio mineiro, que no acumulado do ano exportou 12,1 milhões de alimentos equivalentes a US$ 10,7 bilhões, de janeiro a setembro. Evidentemente, todo esse lucro ficou para os empresários do agronegócio, que, a essa altura já deviam estar praticando uma proeza maior, que é distribuir um pouco dos lucros para as famílias carentes brasileiras e assim lucrarão muito mais, em termos humanitários.

Segundo informa a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) o segmento econômico exportou 695 produtos diferentes para 182 países e os destaques foram as florestas plantadas de eucalipto, que vêm obtendo vendas em ritmo acelerado. E se o leitor do DM considerar que essas florestas estão concentradas no Norte de Minas e no Vale do Jequitinhonha, região exploradas pelos empresários do ramo, que pouco ou nada deixam para as populações, a não ser os estragos e a poluição por agrotóxicos.

Para que se tenha uma noção dos lucros deles, segundo informações da Seapa, “as vendas externas de celulose, madeira, papel e borracha somaram US$ 823 milhões e 1,3 milhão de toneladas, com aumento de 29% na receita e de 22% no volume. Esse resultado se deve, principalmente, ao desempenho das vendas de celulose”, disse o subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Caio Coimbra.

China, Japão, Estados Unidos, Países Baixos, Itália e Indonésia, estes foram os principais países compradores de produtos florestais de Minas Gerais. China (35%), EUA (8%), Alemanha (6%), Japão (4%) e Itália (4%), a US$ 880,39 a tonelada, preço médio.

No bojo dessa exportação, o setor sucroalcooleiro entrou nessa conta com 12% das vendas. Açúcar, álcool e demais açúcares renderam US$ 1,3 bilhão. Elevado, principalmente, pelo açúcar, 92% das vendas do setor, chegando a US$ 1,2 bilhão. Mesmo com boa evolução da estimativa da safra 2023/24 e com a maior produção de açúcar, os preços médios subiram em setembro.

Entretanto, em termos do total de exportações, US$ 10,7 bilhões houve queda de 8% na comparação com a produção no período anterior. Tudo por que “houve uma desvalorização desses produtos em relação ao ano passado. Ainda assim, as vendas do setor agropecuário responderam por 36% de tudo que Minas exporta, mostrando a força do segmento dentro das exportações e a tendência é crescer cada dia mais”, diz o subsecretário Caio Coimbra.

Nesses primeiros nove meses, o principal produto de exportação do agro, o café, teve receita de US$ 3,8 bilhões, com o embarque de 17 milhões de sacas. Os dados apontam queda de 23% no valor e 16% no volume. O café mineiro foi principalmente para Estados Unidos (US$ 664 milhões), Alemanha (US$ 577 milhões), Itália (US$ 346 milhões), Japão (US$ 278 milhões) e Bélgica (US$ 247 milhões).

O café significou 36% do valor total das exportações no período. Para a deste ano, a expectativa é de chegar a cerca de 28,3 milhões de sacas, com aumento de 29% em relação à anterior.

No caso da soja, grãos, farelo e óleo a receita foi de US$ 3,1 bilhões, com 5,9 milhões de toneladas. O registro foi de crescimento de 14% no volume e queda de 2% no valor. Os grãos seguem com bom ritmo de vendas, estimulados pelas exportações para China (80%), Tailândia (5%), Irã (5%), Argentina (3%) e Taiwan (2%).

Os preços da soja no mercado externo caíram, apesar da crescente demanda por alimentos e biocombustíveis contribuir para a expansão constante das exportações de soja. A queda esteve atrelada à desvalorização externa e ao elevado remanescente da safra 2022/23 no Brasil.

Total de US$ 1 bilhão foi o que alcançou o setor de carnes com

volume de 318 mil toneladas, ou 10% das vendas do agronegócio mineiro. O segmento de

A carne bovina entrou em um cenário de desaceleração da demanda chinesa, com queda de 33% no valor e 12% do volume.

Todavia, as carnes de frango com 28% das vendas, seguiram em alta, somando US$ 286 milhões e 146 mil toneladas, valorização de 8% e de 14% na quantidade vendida.

Foi também positivo o comportamento da carne suína com US$ 37 milhões e 16 mil toneladas, aumento de 18% na receita e 8% no volume. 

Compartilhe este conteúdo:

 

Synergyco

 

RBN