19:35h.-10-2023 

Direto da redação

E de novo a cena se repete, 135 municípios de Minas Gerais voltam a viver em período de seca e entram em situação de emergência. A maioria deles fica nos vales do Jequitinhonha e Mucuri, mais o Norte de Minas, segundo informa a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec).

O major Luís Antônio e Silva, superintendente de Gestão de Desastres da Cedec, lembra que no ano passado, 147 municípios tiveram decreto de situação de emergência por causa da seca. Neste ano, por enquanto, são 135, mas ele chama a atenção para a influência do El Niño, que gera uma onda maior de calor.

Sem ter como resolver a questão de fornecimento normal de água, a Cedec distribuiu 136 mil metros cúbicos de água potável para 944 comunidades envolvidas por 98 mil pessoas, em 69 municípios.

Isso significou o uso de 86 caminhões na operação e para transportar 9.430 cestas básicas entregues a 104 municípios atingidos pela seca.

Quem é do Norte de Minas ou dos vales do Jequitinhonha e Mucuri sabe que a seca nessas regiões não é novidade alguma há séculos, e, a essa altura, já devia ter sido enfrentada para pelo menos reduzir os seus impactos.

Uma investigação simples dá conta de que a seca recorrente dessas regiões tem caráter político e os políticos que vivem dela são facilmente identificados principalmente num momento desses, quando se espera chuva, as comunidades recebem canos vazios para irrigação não se sabe do quê.

Agora, as comunidades estão carentes de água, mas quando têm costumam desperdiçar no uso de irrigação por aspersão, quando se podia fazer gota a gota, como é feito no estado de Israel, em pleno deserto, país em guerra contra o ataque terrorista do grupo Hamas