30-09-2023 às 14.50h

Direto da Redação

Primeiro foram os bondes, depois vieram os ônibus movidos a diesel, e agora, o leitor do Diário de Minas pode imaginar o que poderá vir por aí para substituir os atuais veículos de transporte urbano em Belo Horizonte? Adivinhou quem disse que serão os ônibus elétricos, dentro do “Plano de Mobilidade Limpa”, que o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman apresentou nesta sexta-feira, 29, em encontro com ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Segundo disse o prefeito em entrevista coletiva, estima-se que até 2030 cerca de 40% da frota de ônibus urbanos seja substituído por veículos elétricos. Fuad disse estar otimista com o plano. “Ele é relativamente modesto, considerando a necessidade de acabar com a poluição em Belo Horizonte”.

Os ônibus elétricos, como disse o prefeito, são uma das opções para substituir a atual frota de ônibus que contribui com boa parte da poluição da capital com os seus canos de descargas cuspindo fumaça preta na atmosfera. Os elétricos não emitem óxidos de nitrogênio e assim contribuem para a melhoria da qualidade do ar de modo expressivo.

Os ônibus elétricos trafegam com velocidade entre 70 a 80 quilômetros por hora e a vantagem é de que percorrem cerca de 230 quilômetros com uma só carga de bateria, o que reduz sobremaneira a necessidade de recarregar com frequência. E ainda mais: pode transportar até 80 pessoas.

Pelo que disse o prefeito Fuad, outra vantagem dos ônibus elétricos é reduzir a poluição sonora em Belo Horizonte, considerada uma das capitais mais barulhentas do Brasil. Aqui, qualquer pessoa que comprar um alto-falante pode sair por aí anunciando mercadorias sem a necessidade de uma licença da PBH.

Segundo disse o próprio prefeito, os elétricos podem participar com a redução de até 10 decibéis a menos de poluição sonora, em comparação com os ônibus movidos a diesel.

Há também outras maneiras de reduzir a poluição do ar com os ônibus movidos a gás biometano, fonte renovável de energia sustentável e limpa. Neste caso, o ônibus não lança dióxido de carbono na atmosfera, considerado um dos maiores gases acusados de promoverem o aquecimento global.

Enquanto o prefeito se encontrava com o ministro, na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) pelo menos um vereador usou o microfone no plenário para denunciar que os concessionários de ônibus urbanos “estão usando o que receberam de subsídios (mais de R$ 500 milhões) para renovar a frota com ônibus elétricos”.

Por outro lado, chovem reclamações dos usuários contra os serviços prestados pelos concessionários: ônibus velhos, uns sem ar condicionado e nos que têm ar condicionado, alguns barulhentos, além, claro, ônibus cheio e descumprindo horário.