29-09-2023 às 13:30h. 

Direto da Redação

“Quem avisa, amigo é.” – o leitor conhece este ditado? Pois é, o climatologista da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Francisco Aquino faz um alerta às autoridades de todos os municípios brasileiros – Belo Horizonte e os 852 outros mineiros inclusos – para estruturarem os seus respectivos departamentos de Defesa Civil, porque, como se diz no popular, “vem chumbo grosso por aí”.

Isto é, em termos climáticos, com sérias consequências para o meio ambiente e as populações porque estão a caminho, com os fenômenos de mudanças climáticas, ocorrências mais graves do que as acontecidas no Sul do Brasil. Inclusive, para essa mesma região, tão maltratada, as previsões climáticas não são boas.  

Segundo o professor os eventos registrados até agora bateram todos os recordes e ele recomenda reestruturar a Defesa Civil de cada município porque daqui para frente, como afirmou numa entrevista, as ocorrências serão “cada vez mais frequentes”.

Na visão dele, e também de todo brasileiro que nos últimos dias tem repetido a palavra “calor” inúmeras vezes, os eventos se aceleraram na última década e em 2023 romperam todas as barreiras, “seja de temperatura, de incêndio, ondas de calor ou de precipitação extrema do hemisfério norte, sul, leste ou oeste”.

Como bem disse o professor da universidade gaúcha, a estruturação da Defesa Civil dos municípios não deve ser feita pensando em um mandato político, é necessária ter vigência em longo prazo, porque estamos diante do inesperado.