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Atlas Lithium no Vale vai explorar lítio em mina a céu aberto

Atlas Lithium no Vale vai explorar lítio em mina a céu aberto

A direção da empresa assegura ter descoberto o mineral pegmatito raso, depois de uma perfuração gradual na parte oeste do que considera o carro chefe, de extensão de 2,3 quilômetros

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21-09-2023 às 16:40h.

Direto da redação

Quer queira ou não, o Vale do Jequitinhonha e o Norte de Minas não mais serão os mesmos e podem traçar uma linha divisória para demarcar o antes e o depois da exploração do mineral lítio, que promove uma corrida desenfreada no mundo à sua procura em qualquer parte do planeta.

A mais recente novidade é o anúncio da Atlas Lithium, empresa fundada na Califórnia, no Estados Unidos, em 2011. A direção dela assegura ter descoberto o mineral pegmatito raso, depois de uma perfuração gradual na parte oeste do que considera o carro chefe, de extensão de 2,3 quilômetros.

Trata-se de uma nova área de espodumênio contendo lítio e foi epitetada de Anitta 4, situada dentro do chamado Projeto Neves, de quatro direitos minerais de lítio integrantes do Projeto Lítio Minas Gerais, em Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, onde a população deve se atentar para tudo que ali acontece por esses dias, para reivindicar investimentos também no social da região.

O principal acionista da empresa listada na Nasdaq é Marc Fogassa, que vem de investir alto em um mercado global dos minerais críticos. Ele não põe foco só no lítio, mas no níquel, no titânio, na grafita e, claro, nas terras raras.

O projeto em tela tem custo de US$ 200 milhões. Os sinais obtidos até agora apontam outra zona mineralizada próxima da superfície e com possibilidades de ser explorada a seu aberto.

Para uma exploração adiante, a intenção de Marc Fogassa, CEO e Presidente da Atlas Lithium, como comentou à revista Brasil mineral: “Estou entusiasmado que nossos esforços tenham identificado Anitta 4, uma nova zona contendo espodumênio dentro do Projeto Neves. Os resultados até agora indicam que é outra zona mineralizada suficientemente próxima da superfície e, portanto, potencialmente passível de mineração a céu aberto”.

Para o vice-presidente de desenvolvimento de negócios, Nick Rowlwy, esse anúncio da empresa “é mais um passo importante na expansão dos recursos que podem ser extraídos economicamente. Nosso objetivo é nos tornarmos um produtor de concentrado de lítio de baixo custo e alta qualidade até meados de 2025”.

Abaixo de US$ 300 a tonelada do concentrado é o curto cash de produção do projeto, segundo disse ele, e a previsão da Atlas é produzir 300 mil toneladas de um mineral grau bateria, de mina a céu aberto.

Ele acredita que este deve ser o derradeiro “mineral aflorado com extração na superfície, no Vale do Lítio, com profundidade de até 250 metros. Os demais estão previstos com lavra subterrânea. É um diferencial de custo e de desenvolvimento do projeto”.

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RBN