Português (Brasil)

Entrega da CBL a essa altura da valorização do lítio é contrassenso

Entrega da CBL a essa altura da valorização do lítio é contrassenso

E foi o que o governador Romeu Zema fez. O faturamento da empresa crescendo cinco vezes, saindo de R$ 120,5 milhões em 2020, para R$ 668,1 milhões em 2022.

Compartilhe este conteúdo:

12-09-2023 às 09:21h.

Direto da redação

Marco Aurélio Carone, filho do ex-prefeito de Belo Horizonte, Jorge Carone, estampou em manchete, no seu Novojornal: “Governo Zema vende mina de lítio de R$ 208 milhões a duas empresas com capital inferior a 1 salário mínimo”.

A notícia foi publicada em agosto, e, é claro, chamou a atenção, na ocasião, porque o governador Romeu Zema (Novo) deixou que uma empresa com capital de R$ 1.200 junto a outra de menor capital ainda, de R$ 1.002, adquirissem uma mina de lítio (CBL, no Vale do Jequitinhonha) que logo depois – e o Diário de Minas acaba de publicar – obteve lucro líquido saltando (de 2020 e 2022), de R$ 30,7 milhões para R$ 357,9 milhões. O salto do faturamento foi de R$ 120,5 milhões em 2020, para R$ 668,1 milhões em 2022, cinco vezes mais.

Ao questionar o negócio, Marco Aurelio lembra que as atitudes para a venda acontecer foram tomadas pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge). E segundo ele, “não é crível que uma empresa do porte da Codemge, detentora de um corpo de funcionários altamente qualificado, deixasse passar despercebido este fato. Assim como o aparelho fiscalizador estatal – o Tribunal de Contas e o Ministério Público do Estado de Minas Gerais”.

Que o governador Romeu Zema desde o início demonstrou o seu espírito privatizador, basta um retrospecto para comprovar isso e ao mesmo tempo explicar mais essa de quem já manifestou as pretensões de presidir este País, baseado no simples fato de ter sido reeleito governador de Minas.

Mas os atos dele não condizem com as expectativas de um alguém dotado de empatia com o povo. Esta, agora, de entregar a CBL assim de mão beijada, e com o respaldo da Codemge, carece de transparência e o questionamento feito por Marco Aurelio precisa ter uma consequência e por si mesmo se justifica.

Entregar uma empresa como a CBL dessa forma. Numa ocasião em que o mineral lítio está em alta e é buscado por vários países numa corrida desenfreada, corrida essa que levou o próprio governador Zema e ir às carreiras para a Nasdaq, em Nova Iorque, a fim de lançar o Vale do Lítio, a essa altura, a entrega da empresa soa como um contrassenso.

 

Compartilhe este conteúdo:

 

Synergyco

 

RBN