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Dois terços da produção de lítio da CBL são para baterias elétricas

Dois terços da produção de lítio da CBL são para baterias elétricas

Além do ar puro, as pedras parecem falar, como se em algum tempo tivessem vivido como gente humana. E por algum motivo foi petrificada.

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11-09-2023 às 08:40h.

Direto da Redação

Daqui a não se sabe até quando, o discreto Vale do Jequitinhonha (MG) será badalado aos quadrantes do planeta, porque quis a Natureza de dotar a região de riquezas minerais, e a mais recente é o mineral lítio, importante na fabricação de baterias para os carros elétricos e uma porção de coisas mais.

Desde antes de iniciada essa corrida pelo lítio, no ano de 1985, uma empresa chamada Companhia Brasileira de Lítio (CBL) foi instalada no Vale do Jequitinhonha e começou a operar em 1991, produzindo para atender indústrias de medicamentos, vidros e cerâmicas e graxas para a indústria automotiva.

Até então, a corrida pelo lítio não havia sido deflagrada, mas assim que o disparo para o alto aconteceu, da parte da produção de veículos elétricos, a CBL se apresentou e passou a integrar o rol dos produtores no “Vale do Lítio” apregoado pelo governo de Minas Gerais.

Ao perceber a perspectiva de aumento da demanda por lítio, a CBL incrementou o seu ritmo e, atualmente, dois terços da produção anual de 1,5 mil toneladas de carbonato de lítio vão para as fábricas de baterias de carros elétricos. Além disso, produz 42 mil toneladas por ano de concentrado de espodumênio.

A procura por lítio no mundo fez com que o lucro líquido da CBL desse salto de altura com vara entre os anos de 2020 e 2022, saiu de R$ 30,7 milhões para R$ 357,9 milhões. De cinco vezes foi o salto do faturamento, de R$ 120,5 milhões em 2020, chegou a R$ 668,1 milhões em 2022.

Com dois sócios, os empresários Salustiano Costa Silva e Aguinaldo Pires Couto, a CBL é de capital fechado e atua em duas das cinco etapas principais da transformação do lítio para a fabricação de baterias de carros elétricos.

A empresa é pioneira na lavra subterrânea de “pegmatito litinífero” e no beneficiamento de “espodumênio”, minério do qual é retirado o lítio.

A CBL opera pegmatito litinífero em Araçuaí, na mina subterrânea Cachoeira. As galerias da mina atingem até 180m de profundidade e até 5km de extensão. As reservas na mina somam 4 milhões de toneladas.

Além de minerar o espodumênio, a empresa beneficia parte da matéria-prima em carbonato e hidróxido de lítio, dois dos componentes das baterias.

A CBL exporta espodumênio, carbonato e hidróxido de lítio para países como China e Alemanha. A companhia investe para duplicar  a sua capacidade de mineração e beneficiamento até 2030. 

 
 
 
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