Português (Brasil)

Saiba por que o “Morro do Pagão”, em Grão Mogol tem esse nome

Saiba por que o “Morro do Pagão”, em Grão Mogol tem esse nome

Fica próximo à “Trilha do Barão”. Quem faz a trilha, ida e volta 30 quilômetros, pode ver o “Morro do Pagão” mais de perto, mas parece não haver nenhuma trilha que leve o curioso até o sopé.

Compartilhe este conteúdo:
 

11-09-2023 às 08:32h.

Alberto Sena

O Morro do Pagão, em Grão Mogol (MG), é um monumento natural imponente visto de vários pontos da cidade. Alguns o veem como uma catedral.

De longe, o morro é mais imponente do que de perto. A constatação é de quem tem oportunidade de se aproximar dele. De longe, a perspectiva é mais ampla e dá para observar, o morro está assentado em uma espécie de pedestal.

Da porta da então casa do empresário Lúcio Bemquerer, na Praça São Sebastião, ele nascido na terra, o morro é visto em toda a sua imponência, como também quando observado do Mirante 1 do Presépio Natural Mãos de Deus.

Lúcio foi presidente da Associação Comercial de Minas (ACMinas) e criador do presépio, que, em vida, ele doou para a Paróquia Santo Antônio.

Ao se aproximar do morro, o que se vê dele é o próprio morro, sem o pedestal avistado de longe.

Mas, por que, afinal, o morro tem esse nome? Como tudo em Grão Mogol, ele também possui história.

O batismo dele aconteceu no período colonial, quando se podia garimpar diamantes nas suas redondezas. O filho de escravo garimpeiro só podia ser batizado, segundo norma da igreja católica da época, se ele achasse um diamante.

Daí o nome, “Morro do Pagão”. Significa então dizer, se o escravo não encontrasse um diamante para pagar pelo batismo, o filho dele estaria fadado a ficar pagão pelo resto da vida?

Mas, se considerado que, naquela época, os diamantes davam sopa por todos os cantos, encontrados até mesmo em papo de galinha, pelo menos um o escravo conseguia, é de se supor, para batizar o filho.

Naquela época, a Igreja Católica era hegemônica.

Quem observa o Morro do Pagão de qualquer ponto da cidade tem a impressão de estar vendo um só. Mas não é. São dois morros. Um em primeiro plano e o outro logo atrás, o que dá a impressão de ser um visto a distância. É uma formação rochosa arenítica que ganha forma de animais e de gente dependendo do ângulo de visão.

Fica próximo à Trilha do Barão o Morro do Pagão. Quem faz a trilha, ida e volta 30 quilômetros, pode ver o Morro do Pagão mais de perto, mas parece não haver nenhuma trilha que leve o curioso até o sopé. Mas, com o zoom de uma máquina fotográfica é possível vencer as distâncias e mostrar o morro como ele é de fato.

Por tudo já visto até hoje, e por tudo ainda não visto, se pode dizer, sem receio de errar, Grão Mogol é, de fato, um paraíso que passou décadas perdido. E agora o leitor o encontrou para o seu deleite.

Para quem ainda não conhece a cidade e a região e porventura já ouviu falar dela e ainda não decidiu vir conhecer, por um motivo qualquer, sugiro, vá porque parece sido por lá que Deus começou a fazer o planeta.

O ar é puro. Os líquens encontrados nas pedras são provas visuais da pureza do ar, pois despareceriam do cenário caso houvesse poluição. Há líquens de cores variadas, como se poderá ver em fotos. As paisagens são lindas.

O mundo inteiro, há muito já deveria estar com o nome Grão Mogol em seus roteiros de viagem internacional.

Numa visão, virá o dia em que pelas ruas de Grão Mogol veremos turistas europeus trazendo euros; norte-americanos e gente de países asiáticos gastando os seus dólares.

Isto irá acontecer quando a vida nos grandes centros alcançar o insuportável para todas as gentes.

Grão Mogol então será uma das poucas opções no Brasil e no mundo onde há qualidade de vida.

Além do ar puro, as pedras parecem falar, como se em algum tempo tivessem vivido como gente humana. E por algum motivo foi petrificada.

Compartilhe este conteúdo:

 

Synergyco

 

RBN