Câmara de BH pode afastar vereador Gabriel da presidência
Ele corre o risco de ser até cassado porque a ex-vereadora e hoje deputada estadual Nely Aquino, antes aliada dele, protocolou pedido que será apreciado amanhã em plenário
21-08-2023 às 10:05h
Direto da Redação
Amanhã, sexta-feira, 1° de setembro, pode ser um dia fatal para o vereador Gabriel Azevedo (Sem Partido) como presidente da Câmara Municipal dos Vereadores de Belo Horizonte (CMBH). Mas por quê? O leitor pergunta. Por que ele está na iminência de ser afastado do cargo. E até de cassação do mandato. Sim, por meio de votos de uma maioria simples de vereadores, Gabriel pode ser destituído da presidência da CMBH.
Mas por quê? O leitor insiste em perguntar e, é claro, necessário é explicar tim tim por tim tim para não pairar dúvida. Ele está no olho de um furacão político, formado a partir do pedido de cassação protocolado pela deputada federal Nely Aquino (Podemos), ex-presidente da Câmara e ex-aliada de Gabriel.
Ela acusa o vereador de “quebra de decoro parlamentar” e o pedido foi protocolado neste 29 próximo passado. Diz que como presidente da Câmara Gabriel praticou uma série de atos que resumiu nestas palavras, “incompatíveis com a dignidade do cargo”. E apontou, sem se ater a dar exemplos, Gabriel praticou atos de “abuso de autoridade, agressões verbais contra outros vereadores, atuação irregular em CPI e exoneração de funcionários por perseguição política”.
Ele pode perder a presidência e corre o risco de ser cassado, mas para isso o rito é diferente, demanda quórum qualificado, em outras palavras, 2/3 dos membros ou 28 vereadores.
De maneiras que a Casa está se movimentando para apreciar o pedido, e como o denunciado é o presidente da Câmara, a avaliação do pedido ficou para o vice-presidente, Juliano Lopes (Agir), que aceitou e deu parecer positivo. Daí que, amanhã, seja um dia fatal, como dizia no início, para o vereador Gabriel porque o pedido será apresentado em plenário nesta sexta-feira.
Gabriel, com o seu jeito característico, disse que segue “de cabeça erguida” e não deixou por menos, afirmando que a deputada Nely “vendeu a alma” para Fuad Noman, o prefeito de Belo Horizonte, e, ele a acusa de ter coagido os vereadores.