28-08-2023 às 09:10h

Direto da Redação

Levantamento feito pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) dá conta de que as ondas de calor registradas ultimamente têm origem em ações antrópicas tomadas a partir das seis últimas décadas.

Quem é mais antigo sabe, o levantamento é correto porque foi logo no início da década de 1970, após a primeira reunião da Cúpula da Terra, em Estocolmo, na Suécia, que surgiram as expressões “meio ambiente”, “bioma”, “ecologia”, “ambientalista” e demais.

Antes disso, quem na mídia de então denunciava as agressões contra a natureza, como o uso das florestas nativas para fazer carvão a fim de alimentar as fornalhas das siderúrgicas, era chamado de “defensor da Natureza”.

A menção a isso se relaciona ao fato de termos sido o iniciador da cobertura jornalística de Meio Ambiente na imprensa escrita de Minas Gerais, quando editor no jornal Estado de Minas. Agora, no Diário de Minas, me sinto tocado a inserir essas revelações porque o leitor não irá encontrar essas informações em nenhuma publicação.

Com isso se quer dizer que, como profissional de imprensa, a questão ambiental sempre foi uma pauta trabalhada desde quase a data do levantamento feito pelo Inmet, que aponta as causas do clima vivido atualmente.

Sempre chamamos a atenção das autoridades e da sociedade para os problemas ambientais e na maior parte do tempo fizeram ouvidos moucos. Agora, estamos colhendo os frutos da nossa imprevidência e se consideramos que isso é só o começo, empiricamente dizendo, não dá para imaginar o que possa vir adiante.

Ao mesmo tempo, os fenômenos climáticos observados servem de mais um alerta, mesmo porque se acontecesse de a humanidade parar tudo, de poluir, de destruir, de sujar, etc. o que, como se diz, “vem vindo”, não tem como impedir. Simplesmente porque a velocidade no sentido de destruir é maior do que a de restaurar, recuperar, resgatar o que foi comprometido.

O Inmet, em seu levantamento informa, nos últimos 60 anos houve diminuição de chuva e isso elevou a temperatura no Brasil em 1,5°C.

O que pode ser considerado pior é que, segundo o mesmo estudo, além da possibilidade de aumentar em frequência, crescerá também em intensidade e duração.

Daqui para a frente, a fase é de colher os frutos dos maus exemplos dos que destruíram o meio ambiente para satisfazer os seus instintos gananciosos, com discursos falsos.

Agora, como se diz, é aguentar o tranco e desde aquela pessoa que costuma jogar papel na rua ao empresário maior que de alguma forma contribuiu e contribui para nos meter a todos numa situação desta, a hora é de pôr a mão na consciência e fazer “mea-culpa” para mudar o “modus vivendi” e o “modus operandi”.