23-08-2023 

B.Hte. às 14:45h

Direto da Redação

Circula a notícia de que a Prefeitura de Belo Horizonte está querendo flexibilizar o comércio no Centro da Capital, e para isso terá de mexer no Código de Postura. Em outras palavras, a PBH quer abrir as ruas para os feirantes, tornando possível a muitas pessoas empreenderem os seus dotes e defenderem o pão de cada dia de uma maneira legal.

Foi só a notícia circular para os lojistas do Centro da cidade reagirem contra, evidentemente, pensando só neles mesmos, nos negócios deles, que seriam prejudicados mais ainda, depois dos estragos feitos pelos anos de pandemia do coronavírus.

Claro que não se esperava outro tipo de reação da parte deles. Mas antes de pensar em destruir a ideia da PBH, não se deve assumir uma postura figurativa como a do cão guardião do capim.  Ele não come o capim e também não deixa o boi comer.

O prefeito Fuad Noman não tomaria uma decisão assim no afogadilho porque não há necessidade alguma disso. Antes é necessário conversar com as partes, porque, em um ponto todos devem concordar, o Centro da cidade está experimentando um paradeiro, agravado pelos anos de pandemia.

Quem sabe a ideia não é até benéfica para os lojistas estabelecidos. Imaginemos o caso de uma pessoa que entra em um supermercado para comprar um pacote de fósforos, por exemplo, e ao adentrar por entre as gôndolas depara com as mercadorias muito bem expostas, de modo a chamar a atenção.

O camarada entrou para comprar um pacote de fósforo e acaba saindo do supermercado com o carrinho cheio porque viu as ofertas e nem pensava naquilo, mas não podia perder a ocasião. Levou tudo que podia.

Isso pode muito bem acontecer, uma pessoa vem ao Centro da cidade para comprar alguma coisa no comércio de rua e em frente um comerciante esperto adota todos os meios legais de chamar a atenção do freguês e acaba atraindo-o para dentro de sua loja.

Este artigo está sendo escrito para mostrar que não se pode matar uma ideia assim, no nascedouro, sem antes haver uma exposição e afinal uma prova negativa.

A não ser que os lojistas do Centro de BH tenham ideia melhor para ressuscitar a área, porque literalmente está morta – e se eles têm já deviam tê-la deflagrado em defesa própria – e a PBH está tentando reanimá-lo.

Vamos aguardar os próximos lances dessa ideia, porque ela tem tudo para render muita notícia daqui para frente.