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Visitas retornam ao Palácio da Liberdade para mergulho na história de Minas

Visitas retornam ao Palácio da Liberdade para mergulho na história de Minas

Durante o “tour” ao Palácio, as crianças não esconderam o encantamento com o que viram e aprenderam. Um fato em especial chamou a atenção delas

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12-08-2023 - 08h:06

Sérgio Moreira*

Desde quando foi aberto ao público, em 2021, o Palácio da Liberdade virou um espaço democrático para todos os públicos. Educadores e estudantes de escolas públicas, principalmente em áreas periféricas da cidade, que nunca haviam pisado em espaços como esse, têm as visitas educativas como uma oportunidade única. Desde 2022, o Educativo do Palácio já atendeu quase 4.000 estudantes.

“As visitas mediadas do Palácio da Liberdade voltadas para as escolas são momentos mágicos. Momentos de encontro com você mesmo, com o outro, com a sua cidade. Momentos de provocação, de reflexão, de construção. São momentos de aprendizagem e descobertas. Inclusive de descobrir que esse espaço pode ser frequentado por todos, que também pertence a eles”, afirma Suely Monteiro, coordenadora do Educativo.

 A curadoria dessa ação é feita pela equipe do Educativo, que pesquisa e estuda para recebê-los, explica Suely. "O mais importante é que nos preparamos também para ouvi-los. Estamos falando de encontros, conexões, descobertas e todos temos muita a ensinar e aprender. É sempre uma via de mão dupla. É isso que faz com que esses momentos se tornem mágicos para os alunos e também para nós, mediadores", acrescenta.

 Alunos das escolas municipais como, Dora Tomich Laender, do bairro Minas Caixa, em Venda Nova, e Sebastião Guilherme de Oliveira, do bairro Olaria, no Barreiro, já participaram da visita mediada no ano passado. As crianças, com idades entre 9 e 12 anos, descobriram a história do monumento e se envolveram em atividades lúdicas.

Na dinâmica, as cerca de 30 crianças das escolas municipais foram divididas em dois grupos de 15: enquanto um está na visitação, o outro participa da atividade complementar. Essa era a primeira vez que tanto alunos quanto professores estavam pisando no palacete da praça da Liberdade.

Flávia Justino, professora de geografia, matemática e história da Escola Municipal Dora Tomich Laender, fala dessa emoção: “É um misto de alegria e gratidão, uma realização profissional por proporcionar aos meus alunos a chance de estarem ali, de viverem um momento que pode ser único para muitos deles”.

“Fiquei encantada por estar num lugar que conta tanto sobre a história de Belo Horizonte e também de Minas Gerais, imaginar que por aqueles caminhos também passaram pessoas como Juscelino e mesmo os reis belgas, que tanto encantaram meus alunos. Isso é uma realização pessoal, estar nesse lugar de tantas vidas, tantas histórias", complementa.

 Desde que começou o projeto, Flávia Justino tem incentivado os alunos à participação. “A escola está em um lugar de vulnerabilidade social em Venda Nova, boa parte vem da comunidade do Borel e essa é uma oportunidade de conhecerem um pouco sobre a história de Belo Horizonte”, enfatiza.

 “A proposta é, depois das visitas, chegar à escola para discutir em grupo o que viram, produzir um podcast, fazer desenhos e montagens apresentando os espaços visitados”, resume Flávia. Os trabalhos serão exibidos em uma feira cultural da escola em setembro, cujo tema é a mineiridade.

Durante o “tour” ao Palácio, as crianças não esconderam o encantamento com o que viram e aprenderam. Um fato em especial chamou a atenção delas: a visita dos reis da Bélgica Alberto e Elisabeth ao palácio em 1920 e o inusitado presente dos nobres à cidade: um casal de cisnes negros.

Os cisnes, não os originais, claro, estão lá e se exibem para os visitantes. Bernardo Valadares, 10, era um dos mais interessados nessas histórias. Disse que ficou impressionado com as pinturas e a enorme mesa de madeira do Salão de Banquete, na sua opinião, o espaço mais bonito.

Gabriel Renan, 11, acrescenta entre os espaços preferidos o quarto da rainha por causa de seu colorido, já Riquelme Vieira, 10, deslumbrou com a escadaria do hall, uma das obras-primas do palacete. Guardou inclusive detalhes de como ela foi feita na Alemanha, desmontada e trazida para ornar o palácio.

Camila Pimenta, auxiliar da biblioteca da Dora Tomich Laender acrescenta que, além da visita, os livros também mostram muitos pontos turísticos da cidade e rememoram essa história. Durante o passeio, ela atenta para as crianças lerem as informações dos totens e as datas dos acontecimentos.

O Educativo - visitas Educativas são oferecidas a grupos de pessoas (acima de 10) que desejarem conhecer o Palácio da Liberdade por meio da mediação de um educador. Diferentes Instituições - escolas, ONGs, empresas, igrejas etc. - podem ter acesso a esse serviço oferecido pelo Educativo do Palácio da Liberdade. O Educativo é formado por educadores e estagiários de diversas áreas do conhecimento. Para agendar a visita, basta preencher formulário específico disponível em nosso site. Após o envio do formulário um educador fará contato. A agenda para marcação das visitas mediadas será disponibilizada a partir do dia 05 de setembro, visando o agendamento para os meses de outubro e novembro/2023.

O Palácio da Liberdade está aberto à visitação, por meio do projeto “Descubra o Palácio – Projeto de Museografia e Visitação Pública ao Palácio da Liberdade”, Pronac 193896, financiado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura, Governo Federal. O patrocínio é da Copasa.

SERVIÇO-Visitas educativas no Palácio da Liberdade: de quarta a sexta-feira, no período da manhã e da tarde. Para grupos de 15 a 50 pessoas. Inscrições com agendamento prévio pelo link. Mais informações pelo e-mail pl.educativo@appa.art.br.

Coluna Minas Turismo Gerais, Jornalista Sérgio Moreira, informações para a coluna enviar para   sergio51moreira@bol.com.br 

Imagem da Galeria O Palácio da Liberdade já está em condição de receber visitas de quem quer saber da nossa história
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