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Empresa australiana chega para explorar “terras raras” em Poços de Caldas

Empresa australiana chega para explorar “terras raras” em Poços de Caldas

O governador de Minas, Romeu Zema, que nasceu em Poços de Caldas, assinou com a empresa um protocolo de intenções, mas a produção só irá acontecer dentro de dois a três anos.

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11-08-2023 – 09h:32

Direto da redação

Uma empresa australiana denominada Meteoric Resources NL interessada em explorar terras raras em Poços de Caldas, torrão natal do governador Romeu Zema, de Minas Gerais, vai investir R$ 1,18 bilhão e para isso precisará da mão de obra de 700 pessoas da região.

O protocolo de intenções da empresa foi assinado durante visita do governador a Poços de Caldas. Os australianos estão interessados na extração da chamada “argila iônica”.

Pela estimativa do Ministério de Minas e Energia (MME), o Brasil pode vir a ser um dos cinco maiores países do planeta produtores de terras raras. Aqui está a terceira maior reserva de terras raras do mundo, com 21 milhões de toneladas. As maiores estão na China, com 44 milhões de toneladas; e no Vietnã, com 22 milhões de toneladas.

Diante da importância das terras raras em Minas e no Brasil, os mineiros, assim como os brasileiros de modo geral, precisam se desnudarem desse verniz colonialista, e de maneira republicana, sem corrupções, vender as nossas riquezas por preço justo, exigindo dos estrangeiros que aqui aportam uma contrapartida socioambiental dentro das exigências da trilogia ESG e DOS da Organização das Nações Unidas.

Mas, afinal, o que são terras raras? São um grupo de 17 elementos químicos encontrados misturados a minérios de difícil extração. Não são encontrados em qualquer ponto, mas em certos lugares da terra, como em Minas e no restante do Brasil. O interessante é que são usados para a fabricação de muitos produtos como equipamentos de geração de energia renovável (turbinas eólicas e células fotovoltaicas), cabos, ímãs, baterias de longa duração, foguetes espaciais, e outros recursos de alta tecnologia.

O diretor-executivo da empresa australiana, Marcelo Juliano de Carvalho explica que não são tão raras, mas porque são difíceis de extrair da natureza, receberam essa denominação. “Têm características de luminosidade, de transmissão de energia que fazem com que sejam tão importantes hoje na vida moderna. Depende de uma série específica de evoluções naturais para que eles sejam facilmente extraídos da natureza. Então, por isso, são chamados de terras raras”, explicou ele.

Pois bem, a empresa estrangeira quer investir no projeto de exploração de argila iônica R$ 1,18 e vai precisar do emprego de 700 pessoas. E segundo o Invest Minas, agência vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), a exploração poderá deixar Minas entre os maiores produtores desse tipo de mineral no mundo, como acontece com o mineral lítio.

Há cerca de 12 anos que os estudos quanto a qualidade e a quantidade das reservas de Poços de Caldas vêm sendo realizados e, ao final, se concluiu que o mineral local possui “alto potencial mercadológico”.

O Invest Minas assegura que as pesquisas minerais terão sequência com vistas a fazer levantamento da quantidade e da qualidade da jazida. Brevemente, a Meteoric irá iniciar os estudos de impacto ambiental na região para a adquirir licenças. A expectativa da empresa é iniciar atividade de produção dentro de dois a três anos.

Imagem da Galeria A exploração de terras-raras vai elevar Minas Gerais a um patamar mais alto na mineração
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