Queijo mineiro chamado “cabacinha” é patrimônio Cultural e Imaterial do Estado
Esse tipo de queijo, muito produzido no Vale do Jequitinhonha, leva esse nome porque se parece com cabaça, fruto de uma vegetação encontrada na região e usada até na cozinha das casas.
24-07-2023 - 18h:35
Direto da Redação
Sabe aquele queijo chamado “cabacinha”? Acaba de ser considerado como patrimônio cultural e imaterial de Minas Gerais, conforme Lei sancionada por Romeu Zema, governador do Estado.
Esse tipo de queijo, muito produzido no Vale do Jequitinhonha, leva o nome porque se parece com cabaça, fruto de uma vegetação dos gêneros “Lagenaria e cucurbita”, chamada também “Porongo” encontrada na região e usada até na cozinha das casas como vasilhame.
Cerca de 160 famílias do Vale do Jequitinhonha produzem esse tipo de queijo, nesse formato, segundo levantamento realizado pela Emater-MG – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-G).
A intenção do governador ao sancionar a Lei é facilitar a difusão do queijo e preservar a maneira de fabricação e consumo dessa modalidade. Desde 2014 esse tipo de queijo é reconhecido, mas é produzido na região desde o século passado.
O processo de fabricação do “cabacinha” vem sendo pesquisado pela Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais) e pelas universidades federais como a UFMG, em Belo Horizonte, e UFSJ de São João del-Rei. Os técnicos acompanham tudo, fabricação, análises sensoriais, além de conversas amistosas com os fabricantes e comerciantes.
O propósito é transformar o estudo numa publicação sobre a maneira de produzir o queijo, com prescrição técnica, identidade e a qualidade características do “cabacinha”.