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Uma viagem pelos galhos de um pau d’óleo em um condomínio de Diamantina

Uma viagem pelos galhos de um pau d’óleo em um condomínio de Diamantina

Assim, no olhômetro, se pode calcular, essa bendita árvore possui uns 30/40 anos. Os parcos conhecimentos de dendrologia não permitem ir muito além

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25-06-2023 -14h:30

Alberto Sena

As imagens deste pau d'óleo (copaíba) enviadas pela fotógrafa Sílvia Sena diretamente do condomínio do casal Bosco/Beatriz, ele convalescendo de uma cirurgia e a cada dia se recuperando mais, em Diamantina (MG), onde o frio nessa época de inverno é gélido mesmo e dói nos ossos como o europeu.

E, aqui em reflexão sobre o que é necessário ao homem e a mulher para se sentirem realizados na vida, por meio de três coisas: “Gerar um filho, escrever um livro e plantar uma árvore”, não necessariamente nesta mesma ordem.

Bendito é, portanto, quem plantou esse exemplar de pau d'óleo. Ele leva a imaginar as mãos que abriram a cova e depois plantaram a muda dessa árvore, são mãos benditas muitas vezes. Talvez nunca tenham, essas mãos, imaginado ter a muda de árvore que plantou já chegado a esse tamanho, semelhante a um universo onde insetos e pássaros habitam no dia a dia.

Com os recursos proporcionados pela informática, nesta oportunidade em estado de solitude, se pode expandir a foto, e, então, impressiona mais ainda essa árvore, e leva a pensar em quais pássaros ali gorjeiam.

Assim, no olhômetro, se pode calcular, essa bendita árvore possui uns 30/40 anos. Os parcos conhecimentos de dendrologia não permitem ir muito além, porque esse belo exemplar está na propriedade do casal Bosco/Beatriz, e sendo ele biólogo entramos na seara dele e se pode correr risco de levar um pito, mas acredita-se que o pau d'óleo já estava lá no terreno quando foi adquirido.

Dá para perceber que na extensão do tronco do lado esquerdo, um tanto esbranquiçado, se tratam de liquens. E pelo que se sabe, quando se nota em árvores essa ocorrência é porque o ambiente é sem poluição, se fosse poluído, isso não ocorreria. Só se encontra esses liquens em lugares onde o ar é puro.

Algum dia, em algum momento, se espera usufruir da sombra desse espécime, e percorrer com os olhos o tronco dele e os seus galhos em um exercício que faz bem à mente e ao espírito.

E quando isso acontecer – maktub – as pernas carentes de uma longa caminhada poderão percorrer os 15 quilômetros de ida de Diamantina até a Vila de Biribiri com tempo suficiente para contemplar as belezas da Cordilheira do Espinhaço.

*Jornalista e escritor

Imagem da Galeria O pau d'óleo faz a alegria da família, que acorda todos os dias com o canto dos passarinhos
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