Português (Brasil)

Quando a noite cai no Santuário do Caraça, acontece o fenômeno “a hora do lobo”

Quando a noite cai no Santuário do Caraça, acontece o fenômeno “a hora do lobo”

A princípio, as suspeitas recaíam em cães, mas o padre Tobias pensou com os botões da batina dele, cachorro ousaria subir a serra com frequência só para revirar o lixo do santuário?

Compartilhe este conteúdo:

21-06-2023 – 17h:43

Direto da Redação

“A hora do lobo”, o fenômeno acontece diariamente, depois que a noite desce sobre o Caraça, um lugar místico religioso coberto por uma floresta de Mata Atlântica, a 119,1 quilômetros de Belo Horizonte. Lá circula um animal cientificamente chamado Chrysocyon brachyurus, vulgarmente conhecido por lobo guará, na língua tupi-guarani.

O fenômeno da “hora do lobo”, a partir das 18h30, acontece há 41 anos, isto é, desde 1982, quando os padres do Santuário do Caraça perceberam algumas lixeiras derrubadas e reviradas. A princípio, as suspeitas recaíam em cães, mas o padre Tobias pensou com os botões da batina dele: cachorro ousaria subir a serra com tanta frequência só para revirar o lixo do santuário?

Os padres então ficaram observando e, enfim, descobriram, os autores de cão só tinham o latido e os laços familiares, porque eram lobos guará, que não uivam, latem. Estamos falando do maior canídeo da América do Sul. A literatura diz que o animal é encontrado da Amazônia ao Uruguai, com exceção do litoral, os picos de altitude e a Mata Atlântica.

É animal típico do Cerrado e é proibido falar com eles que ali é área de Mata Atlântica. O guará é da família do cachorro e do cachorro-do-mato, do coiote, do chacal, da raposa. É considerado o maior canídeo da América do Sul – o macho mede 95 cm e a fêmea 90 cm.

Muita gente se arranca daqui da capital e de outros lugares só para contemplar a “hora do lobo”. Lá no Caraça é possível se hospedar para viver as belezas do lugar e uma das suas atrações, além do espetáculo natural proporcionado pela floresta Atlântica, se pode ter momentos de paz e reflexão. Quem estiver cansado da lida e necessitado de se relaxar para recarregar o espírito de boas energias, o lugar é ideal.

Acredita-se que os guarás vivam 16 anos e numa equação aritmética, se o fenômeno começou há 41 anos, quando os padres passaram a oferecer aos lobos carne em bandejas, os que lá assinam o ponto todo dia fazem parte da terceira geração, já que não vivem em bando e precisam de área de 12 mil hectares para viver.

Imagem da Galeria Os lobos guará são um espetáculo marcado por eles mesmo, a partir das 18h30
Compartilhe este conteúdo:

 

Synergyco

 

RBN