Atlas Lithium faz perfuração e acha espodumênio em interseção continua de 103,4 m
A companhia diz controlar 24.233 hectares de direitos minerários no Vale do Lítio, e o seu plano é perfurar 40 mil metros iniciais no Projeto Neves, e 28.025 metros foram concluídos até então
14-06-2023 – 09h:10
Direto da Redação
O vizinho da Sigma Lithium, no Vale do Jequitinhonha (MG), a Atlas Lithium está chegando ao batizado “Vale do Lítio” com anúncio bombástico de uma perfuração que apresentou espodumênio em interseção contínua de 103,4 metros, o que a empresa considera “um novo recorde” em sua campanha de exploração.
A ousadia da Atlas, que pelo estilo parece querer não só imitar a metodologia da Sigma, mas concorrer com ela na produção de lítio, chega a tal ponto de dizer desconhecer informação disponível publicamente que trate de interseção de espodumênios contínuos no fundo do poço no Vale do Lítio do Brasil, onde está localizado o Projeto Neves da companhia.
Segundo a Atlas, a interseção dos espodumênios em DHAB-162 se deu entre 176,45 e 279,85 metros. O DHAB-162 está dentro da tendência pegmatítica Anitta no Projeto Neves, um aglomerado de quatro direitos minerais com 2.684 hectares.
Ao todo, a companhia diz controlar 24.233 hectares de direitos minerários no Vale do Lítio, e o seu plano é perfurar 40 mil metros iniciais em seu Projeto Neves, e 28.025 metros foram concluídos até então.
A Atlas informa ter batido um recorde mensal de perfuração de 8.284 metros, em maio de 2023.
Em artigo publicado na revista “Brasil Mineral” a empresa informa que é “supervisionada por um especialista, conforme definido pela Subpart 1300 do Regulamento S-K promulgado pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos”.
Se a Atlas tem interesse em se espelhar na Sigma Lithium, a essa altura já deveria estar tratando de se relacionar com a comunidade onde a sua planta se encontra, porque a essa altura da corrida pelo lítio, muita coisa já mudou no Vale do Jequitinhonha, inclusive a mentalidade do seu povo.