10-06-2023 - 08h:40

Sérgio Moreira*

O queijo Minas Artesanal vem ganhando cada vez mais projeção nacional e também internacional, com premiações no exterior e a candidatura do Modo de Fazer o Queijo Minas Artesanal (QMA) como Patrimônio Imaterial da Humanidade.

Que tal uma Paella Mineira gratinada com queijo Araxá? Ou bolinhos de feijão com vatapá de tambaqui e queijo canastra? Quem sabe uma coxinha de rabada com creme de queijo, dadinhos de canjioca ou bolinhas de creme de queijo com melaço de cana? Pratos como esses podem ser alguns dos que serão preparados por renomados chefs de cozinha no Festival do Queijo Artesanal de Minas, que acontecerá no Expominas, hoje. Pela primeira vez em sua história, o Festival será realizado, concomitantemente, à 18ª Exposição Brasileira do Agronegócio do Leite - a Megaleite - no Parque da Gameleira. Juntos, os dois esperam atrair cerca de 15 mil pessoas por dia. Informações http://www.megaleite.com.br/  

O Festival é organizado pelo Sistema Faemg e pelo Sebrae, desde 2017. Paula Lobato, analista de Assistência Técnica e Gerencial do Sistema Faemg e uma das coordenadoras do Festival, conta que a ideia foi mesmo “aproveitar” o público que já irá se deslocar para a Megaleite possibilitando a chance de que ele conheça e vivencie de perto o universo dos queijos artesanais. “Ou melhor, que conheça do leite, com as ordenhas dos Torneios Leiteiros da Megaleite, ao queijo”, reiterou Paula.

No Expominas estão 12 estandes todos decorados com referências culturais regionais, com queijos das 12 regiões produtoras reconhecidas e regulamentadas pelo governo do Estado: Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Diamantina, Entre Serras da Piedade ao Caraça, Serra do Salitre, Serro, Serras da Ibitipoca e Triângulo Mineiro, Alagoa, Mantiqueira de Minas. Um 13º estande abrigará queijos de outras regiões do Estado.

No ano passado, o evento contou com 4.500 visitantes e levou 2 toneladas de queijo de 55 produtores para o Expominas. Como nos anos anteriores, cada estande terá um chef de cozinha que irá preparar pratos utilizando os queijos daquela região específica. O cardápio ainda está sendo mantido em segredo. Mas já se sabe que haverá também espaços para a cerveja artesanal, a cachaça, o mel, os vinhos mineiros, os azeites e alguns dos nossos principais cafés.

A origem do sucesso dessa iguaria mineira se dá em fazendas e pequenos municípios. Para dar visibilidade ao produto, só no mês de maio foram realizados sete concursos municipais que buscam valorizar a produção local e selecionar os melhores produtores para concorrer nas etapas regionais, nas quais serão escolhidos os queijos que participaram do Concurso Estadual do Queijo Minas Artesanal, previsto para setembro.

“Os concursos municipais são importantes não só pela valorização da produção local, como também são um atrativo turístico importante em muitos municípios produtores de queijo”, comenta a coordenadora estadual de Queijo Minas Artesanal da Emater-MG, Maria Edinice Rodrigues. A coordenadora esclarece ainda que em regiões onde não houver concurso será feita uma seleção de queijos de empreendimentos legalizados junto ao IMA ou serviços oficiais de inspeção para participar do concurso estadual.

Nos concursos municipais, os jurados farão avaliações de aspectos internos e externos de cada uma das peças. Externamente são avaliados aspectos como apresentação (formato e acabamento) e cor (uniforme ou manchada). Após partidos, são analisadas a textura (olhaduras e granulação), a consistência (dureza e untuosidade) e o paladar e o olfato (sabor e aroma) dos queijos.

Em julho, a programação prossegue com o Concurso Municipal do Queijo Minas Artesanal de São Roque de Minas, na Serra da Canastra, no dia 10/7. A disputa deve ser bastante acirrada com a participação de cerca de 18 produtores.

Coluna Minas Turismo Gerais, Jornalista Sérgio Moreira @sergiomoreira63 Informações para a coluna enviar para sergio51moreira@bol.com.br