01-06-2023 – 12h:23

Rogério T. Guimarães*

Nesse jogo de perde e ganha, ao final todos perdem e ninguém ganha porque muita das vezes a disputa, se não é ilegal, é imoral. O que adianta o camarada ganhar aqui para perder adiante muito mais do que amealhou?

Os combustíveis tiveram aumento de preço neste dia 1°. de junho conforme estava previsto, por que o famigerado ICM voltaria a vigorar, depois do arranjo feito pelo governo anterior.

Só que o Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro-MG) havia divulgado aumento seria de R$ 0,24, e a constatação no dia de hoje foi abuso de certos postos de gasolina, que aumentaram os seus preços em R$ 0,40.

Esses comerciantes, que só pesam em ganhar sem se importar com os outros, parecem não acreditar na lei cósmica do retorno, que devolve a quem emitiu erros ou acertos com juros e correção, mesmo que não seja com a mesma moeda, mas de alguma forma retorna.

O País não está deitado em berço esplêndido nem mergulhado em um mar de rosas. Não havendo uma compreensão cívica e social, logo o tão temido fantasma da inflação estará de volta e quem perde somos todos nós e principalmente os de menos valia nesse processo desigual e injusto ao qual muitos são submetidos.

Será que depois de usurpar o direito de muitos, o camarada consegue deitar a cabeça no travesseiro para dormir e dormir na paz, se é que consegue cair no sono?

Se a classe política e a sociedade de modo geral não entenderem que cada um individualmente deve oferecer a sua cota de participação nesse processo de resgate do Brasil, que sofreu um atraso enorme na última gestão, será crível a afirmação do índio Terena, que disse recentemente sobre a causa do atraso brasileiro, o fato de Brasil ter sido construído sobre cemitérios indígenas.

Assim como o governo federal conseguiu uma nova política para os combustíveis, junto à Petrobras, há cerca de uma quinzena de dias, se se importar com o sufoco por que passa boa parte da população brasileira, encontrará uma maneira de evitar que os combustíveis virem uma ameaça a mais nesses dias de governança.

A política e a economia devem andar “pari passu” e é fundamental que seja resgatada a confiança dos brasileiros tanto em temos de governo como de Brasil.

Mas não se deve depositar todas as fichas nos políticos e na economia, os brasileiros têm participação preponderante nesse processo, individual e coletivamente.

Não dá para ficar de braços cruzados só a esperar o que pode vir. Cada um tem a obrigação de fazer as coisas acontecerem.

*Jornalista