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Instituto Inhotim expõe artes ligadas aos povos africanos da maior beleza

Instituto Inhotim expõe artes ligadas aos povos africanos da maior beleza

São duas exibições temporárias na Galeria Praça. “Mestre Didi, os iniciados no mistério não morrem”, com curadoria de Igor Simões, curador convidado.

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30-05-20223 - 12h:11

O Inhotim é o maior museu a céu aberto do mundo, está localizado em Brumadinho, a apenas 60 km de Belo Horizonte com acesso pelo km 500 da BR381, sentido BH a SP e também tem acesso pela BR-040, com a entrada pela estrada do Retiro do Chalé, sentido BH ao Rio de Janeiro. O Instituto Inhotim abriu mais duas exibições temporárias na Galeria Praça. “Mestre Didi, os iniciados no mistério não morrem”, com curadoria de Igor Simões, curador convidado, e da equipe curatorial do Inhotim, e “A noite suspensa ou o que posso aprender com o silêncio”, de Mônica Ventura já estão à disposição do público.

“A noite suspensa ou o que posso aprender com o silêncio” é uma obra de cerca 4 metros de altura e 9 metros de largura e foi comissionada pelo Inhotim para ocupar o vão central da Galeria Praça, umas das mais visitadas no museu e jardim botânico.

A artista plástica Mônica Ventura apresenta uma proposta de olhar o entorno e a potência local, fazendo uso da terra da região na construção da obra, a parede, o leito e a escultura são feitas desse elemento.

Como um invólucro feito de palha, a instalação possui uma abóbada de cor azul e a sua base de terra afixada no chão se assemelha a uma Yoni, forma que remete ao feminino e cujo significado do termo, em sânscrito, refere-se às noções de “passagem divina” ou “fonte de vida”. Já a escultura em si remete a Lingam, símbolo fálico que remete ao masculino. A combinação entre as duas formas, se vista de cima, faz referência a Shiva Lingam, a síntese das energias do universo.

A outra exposição em Inhotim é a arte do “Mestre Didi, os iniciados no mistério não morrem”, que exibe cerca de 30 obras do artista, feitas em consonância com a atividade de liderança religiosa no Candomblé e pertencentes à Coleção do Instituto Inhotim. De acordo com o curador convidado Igor Simões, o título se refere ao trecho de uma cantiga entoada durante as cerimônias fúnebres de um Ojé, sacerdote da tradição Egungun. As obras expostas são feitas, em geral, de fibras do dendezeiro, búzios, contas, sementes e tiras de couro, com a presença de símbolos que remetem às tradições iorubá.

 As artes da exposição mostram aos visitantes conhecer outras dimensões de Mestre Didi, sobretudo para a cultura brasileira. Além de sua atuação no campo cultural, Mestre Didi foi sacerdote supremo, também conhecido como Alápini, do culto aos ancestrais Egungun, tendo fundado em Salvador, em 1980, a Sociedade Religiosa e Cultural Ilê Asipá. Na mostra, todas essas vivências da trajetória de Mestre Didi, a intelectualidade, a espiritualidade e o sagrado, estão registradas, ademais as esculturas, a partir do acervo da Sociedade de Estudos da Cultura Negra no Brasil, com uma série de documentos e imagens cedidos gentilmente pela cantora e bailarina Inaicyra Falcão, uma das filhas de Mestre Didi. Outro aspecto abordado na mostra é a presença feminina na trajetória do artista.

O Inhotim tem o horário de funcionamento: de quarta a sexta-feira: das 9h30 às 16h30 e aos Sábados, domingos e feriados: das 9h30 às 17h30, para comprar seus ingressos https://www.inhotim.org.br/ visite/ingressos/   

Coluna Minas Turismo Gerais, Jornalista Sérgio Moreira @sergiomoreira63 Informações para a coluna enviar para sergio51moreira@bol.com.br

Imagem da Galeria O instituto Inhotim é um museu aberto considerado o maior do mundo, uma beleza
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