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Sigma ganha vizinho entre Araçuaí e Itinga, a Atlas do brasileiro Marc Fogassa

Sigma ganha vizinho entre Araçuaí e Itinga, a Atlas do brasileiro Marc Fogassa

Ele está chegando ao Vale do Lítio com o discurso de que seguirá o modelo da empresa canadense, que chegou ao Vale do Jequitinhonha faz quase 10 anos.

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24-05-2023 – 08h:19

Direto da Redação

Mais rápido do que a CEO da Sigma Lithium, Ana Cabral Gardner imaginava, o modelo que a empresa criou em dez anos, já começa a ser copiado e o mais curioso é que quem faz isso é um vizinho da planta dela, o empresário brasileiro residente nos Estados Unidos, Marc Fogassa, fundador presidente da Atlas Lithium, antiga Brazil Minerals. Desde fevereiro deste ano, ele possui o direito de explorar 304 quilômetros quadrados dentro do Vale do Lítio.

O empresário está de malas prontas para o Brasil. Vai-se mudar para Belo Horizonte a fim de ficar mais perto do Vale do Lítio, em Araçuaí, o que deverá acontecer no segundo semestre deste ano.

Ele é paulista, mas vive há 30 anos nos Estados Unidos, onde estudou no Massachudetts Institue of Technology. Há dez anos investe em mineração e quer ficar, como disse, perto do Vale do Jequitinhonha. Inda mais porque ele próprio considera como “uma chance de ouro para o Brasil; o lítio é o ouro branco do século 21”.

O lítio é um minério essencial para a transição energética e teve procura aumentada em virtude das baterias de carros elétricos para as quais é imprescindível.

O ponto de destaque é que o Brasil detém 8% das reservas mundiais. E no caso da Atlas as áreas da empresa estão entre os municípios de Araçuaí e Itinga. A companhia perfura três regiões e o detalhe é que está ao lado da Sigma Lithium.

Listada na Nasdaq, a empresa canadense, que entrou em operação mês passado, já é avaliada em US$ 4,1 bilhões, e, como se sabe, lá está há quase 10 anos, o que é tido como uma grande vantagem em relação ao vizinho, Atlas. Este terá de aprender com a Sigma como participar da vida social dos municípios, a fim de ganhar a simpatia.

E que siga os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para 2030 e a trilogia ESG – Ambiente, Social, Governança – para chegar com o discurso e a prática concomitantemente.

A empresa de Fogassa, também listada na Nasdaq, é estimada em US$ 220 milhões. Ele afirma já ter recursos para fazer a exploração e a produção, a partir de 2025, no Vale do Lítio. Ano que vem já começa a construir a unidade fabril, seguindo o modelo da Sigma.

O empresário brasileiro não se esquiva de dizer que a Sigma é pioneira na exploração do chamado “lítio verde”. A maneira de a empresa canadense produzir tornou um modelo para as que porventura venham ao Vale do Lítio com o mesmo objetivo.

Fogassa destaca que a Sigma inova com a eletricidade de fontes renováveis; 100% de água reciclada; não utiliza de agentes químicos nocivos, “e produz lítio ESG”, enfatiza ele.

A Atlas dele vai fazer uma exploração de modo semelhante, “com menos impacto possível”, mesmo porque não dá para fazer mineração sem impactar o ambiente.

O lítio brasileiro é encontrado em rocha dura, o espodumênio e como as perfurações feitas pela Atlas foram positivas, o encontro do mineral fez disparar as ações da empresa, segundo declarou o empresário.

O mineral lítio é o foco dele, mas ele está de olho também na exploração dos demais minerais como ferro, ouro, níquel, terras raras, titânio e grafite.

O governo mineiro considera a Atlas Lithium como tendo sido atraída dentro do seu plano de investimentos em Minas, e para isso encontrou meios de agilizar licenças ambientais e investimento em infraestrutura.

Outras empresas como a Lithium Resources e Lthium Ionic estão chegando. A Vale S.A. também está interessada no mercado do lítio e dispõe de US$ 20 bilhões para isso.

Os especialistas acreditam que a oferta de lítio no mercado deva crescer 34% em média em 2025. O interesse pelo mineral ao redor do mundo vai aumentar consideravelmente, e a oferta também, o que deverá derrubar as cotações.

Nos próximos 12 meses, a previsão é a de que o preço do lítio recue de US$ 53 mil para US$ 34 mil a tonelada.  

Imagem da Galeria Atlas vai se espelhar na Sigma, que está no Vale do Jequitinhonha há quase 10 anos
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