Jardim das Esculturas no Palácio da Liberdade é um belo lugar a ser visitado
Com duas toneladas de aço especial cilíndrico, a escultura exigiu três meses para ser erguida e une beleza à matemática, com referências ao Estado de Minas Gerais.
19-05-2023 – 09h:26
Sérgio Moreira*
O Palácio da Liberdade foi construído há 125 anos. No local já tinha há anos uma obra de aço do artista plástico Amílcar de Castro, e no dia 17 de maio foi instalada a obra feita de aço pelo artista plástico Giovani Fantauzzi, que inaugurou o Jardim das Esculturas, projeto do Executivo mineiro, realizado por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e da Fundação Clóvis Salgado.
Obra do artista Amílcar de Castro
O artista foi contemplado pelo edital “Escultura Arte em Aço”, idealizado pela siderúrgica Gerdau para comemorar seus 120 anos. Fantauzzi e a empresa doaram a peça para o governo do Estado. Com duas toneladas de aço especial cilíndrico, a escultura exigiu três meses para ser erguida e une beleza à matemática, com referências ao Estado de Minas Gerais. “Tudo é matematicamente calculado”, conta Fantauzzi.
Obra do artista plástico Giovani Fantauzzi
A base, explica, é a sequência de Fibonacci – ordem de números inteiros, que parte, normalmente, de zero e um no qual cada número seguinte corresponde à soma dos dois algarismos anteriores e que pode ser vista em vários fenômenos da natureza. As formas, que incluem dois triângulos e um losango, falam de Minas, conta o escultor. “Quando surgiu o edital, fiz um desenho pensando no Estado. O primeiro triângulo, de baixo, representa Minas no Império. O de cima representa o Estado agora. E o losango é o da bandeira do Brasil”, explicou.
A chegada da escultura quebra um jejum de várias décadas na incorporação de novas obras ao acervo do Palácio da Liberdade. Durante a cerimônia de inauguração, o secretário de Turismo e Cultura de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, enfatizou a integração do espaço com o restante do Circuito Cultural Praça da Liberdade: "O Palácio está se transformando, seja nos vários encontros que nós temos, seja nas suas exposições mensais, nas feiras ao ar livre e sobretudo, historicamente. Há seis meses esses portões (estão) abertos à população transformando os jardins do Palácio numa continuação da Praça da Liberdade, como se pensou quando ele foi feito no início do século passado”.
Segundo Leônidas, o Palácio da Liberdade tem cerca de 40 obras de artes em seu acervo a serem exibidas. O secretário destacou o papel do turismo cultural em Minas Gerais e diz serem esperados editais para a área no valor de R$ 970 milhões para este ano: R$ 145 milhões da Lei de incentivo à Cultura (já aberto), R$ 397 milhões da Lei Paulo Gustavo e mais R$ 400 milhões da lei Aldir Blanc estão dentro dos incentivos citados por Leônidas.
Coluna Minas Turismo Gerais, Jornalista Sérgio Moreira, @sergiomoreira63, informações para a coluna enviar para sergio51moreira@bol.com.br