17-05-2023 – 12h29

Direto da Redação

Longe já se vai o epiteto de Belo Horizonte “Cidade Jardim”, mas não se pode negar que essa urbe inventada por Aarão Reis ainda é um bom lugar onde morar, mas não é mais o mesmo de até a década de 1970/80, e nem podia ser, porque cresceu por todos os lados. Tanto de expansão urbana quanto de problemas, como sociais, poluição atmosférica e sonora.

Em Belo Horizonte qualquer pessoa, se quiser e recurso tiver para comprar um megafone, pode sair por aí vendendo as suas mercadorias anunciadas em gravação que se repete enquanto ele atende os seus fregueses, num desrespeito lamentável, para uma cidade que vem sendo considerada uma das 10 melhores capitais e região metropolitana para morar. 

Não é o Diário de Minas que faz a afirmação, mas a Organização das Nações Unidas (ONU), ao criar o ranking das melhores cidades brasileiras para morar. Não se fala em qualidade de vida, mas em termos de indicadores relacionados com melhor desenvolvimento humano, tais como longevidade, educação e renda dentre todas as cidades do Brasil.

Segundo a ONU, São Paulo e região metropolitana ficaram com a primeira colocação, com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0.842; Rio de Janeiro, com o IDH de 0.805; e Belo Horizonte e região metropolitana em quinto lugar com 0.797.

Para ficar mais palatável ainda, convém dizer que o IDH dos municípios vai de 0 a 1. Próximo de zero é considerado o pior em termos de desenvolvimento humano. Mais próximo de um, tanto melhor. Os municípios que alcançaram a marca acima de 0,8 são classificadas por possuir índice “muito alto”.

Embora BH esteja entre as dez cidades boas para a gente morar, convém deixar, aqui, um recado para o prefeito Fuad Noman. Por que não se resolve essa questão social dos acampados nas calçadas das ruas centrais de BH, o que depõe contra a cidade e até melindra o título ofertado pela ONU?