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O Agronegócio brasileiro exporta muito, gera divisas e ajuda a alimentar o mundo

O Agronegócio brasileiro exporta muito, gera divisas e ajuda a alimentar o mundo

Em 2022, o Brasil apresentou um recorde histórico de US$ 160 bilhões na exportação de produtos agropecuários. As vendas externas representaram 47,6% do total exportado pelo Brasil.

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14-05-2023 - 17h:49

Enio Fonseca*

Desde janeiro de 2019, o governo brasileiro abriu mais de 200 novos mercados para produtos da agropecuária brasileira. No total, mais 50 países estão aptos a receber alimentos “made in Brasil”. Abrir mercado não significa exportação imediata. Apenas os trâmites legais já estão acertados. Até chegar aos embarques é preciso preparar produtores e exportadores, atender às demandas de cada novo cliente, desenvolver a promoção comercial etc.

Todo novo mercado dessa natureza envolve negociação bilateral. Elas definem os parâmetros de sanidade animal, os certificados sanitários, fitossanitários, veterinários e até adequações na produção em função de costumes sociais e religiosos dos países destinatários.

Em 2022, o Brasil apresentou um recorde histórico de US$ 160 bilhões na exportação de produtos agropecuários. As vendas externas do agronegócio representaram 47,6% do total exportado pelo Brasil em 2022.

De acordo com o Ministério da Agricultura, as exportações do agronegócio nos primeiros quatro meses do ano de 2023, alcançaram o recorde de US$ 50,6 bilhões.

Porém, os preços médios de exportação caíram de US$ 589,03 por tonelada em abril/2022 para US$ 540,30 por tonelada em abril/2023 (-8,3%).

O Brasil, com 8% da produção total mundial, é o segundo maior exportador de grãos do mundo (19%). Globalmente, a China é o maior parceiro comercial do agronegócio: quase 32% das vendas externas do setor. As principais aquisições são soja em grão, carnes (bovina, suína e de frango), celulose, açúcar e algodão. Do outro lado, existe um número crescente de países adquirindo grãos do Brasil. Na soja, Irã, Vietnã, Espanha, Japão, Tailândia e Turquia importam quantidades significativas. Além da China, a Arábia Saudita, o Marrocos, o Sudão e o Egito são destinos das exportações do trigo brasileiro. Em 2022, o volume ultrapassou 1 milhão de toneladas.

De acordo com a Revista Oeste, edição 164, a Europa e Estados Unidos representaram 16% e 7% das exportações do agronegócio brasileiro em 2022. Os 27 países da Zona do Euro adquirem produtos florestais, café, frutas e suco de laranja. Abriu-se o mercado do Chile para exportação de ovos férteis, aves de um dia e limão taiti. A exportação de limões e limas, da ordem de US$ 125 milhões/ano, representa cerca de 10% do comércio internacional de frutas frescas do Brasil.

O Brasil exporta maçãs para a Colômbia, Honduras, Nicarágua e outros países como a Índia, principal importador. A manga é a fruta mais exportada, cerca de US$ 248 milhões/ano e 20% do total na exportação de frutas. Seguem os melões, com US$ 165 milhões e 14% de participação. Nozes e castanhas ganham espaço na diversificação das exportações, com cerca de US$ 150 milhões/ano; temos exportado gergelim para o México; sêmen bubalino ao Panamá; gengibre, algodão e sementes ao Egito.

Nos mercados abertos, a proteína animal tem destaque em exportações para a Malásia, México, Polinésia Francesa, Argélia, Turquia, Chile, Canadá, Coreia do Sul, Iêmen, Senegal, Vietnã e Angola.

Dos 54 países da África, 38 importam produtos brasileiros, inclusive genética animal, máquinas e equipamentos agrícolas.

*Enio Fonseca é CEO da Pack of Wolves Assessoria Socioambiental, foi Superintendente do Ibama, Conselheiro do Copam, Superintendente de Gestão Ambiental do Grupo Cemig, parceiro Econservation

 

Imagem da Galeria As exportações brasileiras ganham o mundo inteiero e o agronegócio se fortalece
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