Não convidar o Dadá Maravilha para participar da inauguração da Arena MRV foi uma desfeita
A direção do Atlético vai ter de explicar para o 2° maior goleador da sua história, vivo e meio decepcionado, o porquê de não ter sido convidado para a inauguração.
16-04-2023 - 10h:50
Alberto Sena*
Antes de qualquer coisa, devo deixar bem claro, não sou torcedor de futebol. Até já fui, quando adolescente. Torcia para o Vasco da Gama do Rio de Janeiro, mas deixei de torcer naquele histórico Vasco versus Santos. O meu time ganhava de 2 a zero e faltavam dois minutos para acabar o jogo, Pelé foi lá e empatou, 2 a 2. Desse dia em diante nunca mais fui torcedor.
Na década de 1980, fiz cobertura da Toca da Raposa durante três anos, para a Editoria de Esportes do Estado de Minas, e tinha até certa simpatia pelo Cruzeiro porque ali estava vendo e vivendo profissionalmente, no dia a dia.
Mas, quando percebi que havia coisas mais importantes para cuidar, como o meio ambiente, a agropecuária e abastecimento, me transferi para a editoria certa e tudo mudou, da bola e dos gols para os grãos e o combate à poluição dos ares, dos rios, dos mares.
Tudo isto posto, quero afinal tratar aqui da desfeita da direção do Atlético Mineiro ao não convidar o grande goleador Dadá Maravilha para a inauguração da Arena MRV. Em 290 jogos pelo Galo, ele marcou 211 gols. Numa hora dessa, importante para os atleticanos, não se lembrar de convidar o Dadá, que aqui vivo está, foi uma grande desfeita.
Se alguém ouviu por acaso, ele “está doente”, isso se somaria ao convite de ir ao encontro dele, a fim de lhe fazer uma visita e ao mesmo tempo participar da inauguração da Arena MVR. Estando doente, mas em condição ou não de sair de casa, pelo menos foi convidado, porque em muitos e históricos momentos, ele engrandeceu o Galo.
Nunca convivi com Dario Peito de Aço. Nada sei a respeito da atual vida particular dele, mas nesse episódio que o levou a publicar uma “nota oficial”, me solidarizo com ele. Pela origem dele, por tudo que passou na vida dolorida dele.
Considero o cidadão Dario José dos Santos um vencedor. Aos trancos e arrancos, ele venceu a si mesmo, para depois a sociedade que chegou a ser cruel com ele, mas hoje o tem como um camarada que nadou a vida inteira contra a avalanche e venceu.
A direção da Arena devia explicar o lapso de em pouco tempo ter se esquecido de quem é o segundo maior goleador do Atlético Mineiro de todos os tempos.
O único jogador que parava no ar como um beija-flor:
*Editor Geral.