12-04-2023 – 08h:20

Direto da Redação

Quem é nascido nas décadas de 1940/50 certamente experimentou como era romântico até viajar de trem com as rodas atritando nos trilhos principalmente nas curvas.

As gerações que vieram depois só encontraram os trilhos, que ficaram expostos um bom tempo, sem que tivesse trem para neles correrem. E quem viveu esse tempo até hoje não entende o porquê de o governo federal ter simplesmente acabado com as viagens de três tanto para carga como passageiros.

Os de boa memória irão se recordar, houve um tempo em que a empresa Estrada de Ferro Central do Brasil tinha trem que cortada de Salvador (BA), entrava em Minas Gerais, passando por Montes Claros até Belo Horizonte, onde os passageiros com destino ao Rio de Janeiro tomavam o três Vera Cruz e continuava a viagem.

Foi o presidente Juscelino Kubstickek quem começou a desestilular os trens de ferro, a partir de quando comprou o lobby automobilísticos dos norte-americanos e trouxe os carros para o Brasil. E como os veículos precisam de estradas de rodagem, JK acabou por ganhar a fama de “presidente estradeiro”.

Todo país desenvolvido tem a sua estrada de ferro ativa e as rodovias, até os menores deles, como o Japão e Israel. Os japoneses têm, inclusive o “trem bala”, que corre em alta velocidade.

Um dos marcos do deses´timulos à estrada de ferro ainda se encontrada ativo, mas não cumpre com o objetivo ao qual foi criado, a ponte Marechal Hermes, sobre o Rio São Francisco, ligando Pirapora e Butirizeiro, no Norte de Minas.

A referida ponte foi construída para tornar possível a passagem do trem de ferro que pretendia chegar ao Pará, numa viagem tão comprida quanto as belezas que se podiam encontrar pela estrada. Tanto tempo depois, a ponte e a estação da Central do Brasil continuam lá. A ponte é de ferro, mas a estação eo armazém mão, por isso estão entregues às intempéries.

A exploração do mineral lítio, no Vale do Jequitinhonha, nos municípios de Araçuaí e Itinga, poderá ressuscitar a estrada de ferro Bahia-Minas, nos moldes de antigamente, transportando cargas, passageiros e proporcionando à indústria do turismo, agora em alta, uma boa oportunidade de expansão.