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Com nova roupagem, nome novo e CEO à frente, “Ricardo Eletro” ressuscita

Com nova roupagem, nome novo e CEO à frente, “Ricardo Eletro” ressuscita

Só que Ricardo Nunes não está no comando da empresa. Ele é escudado pelo CEO Pedro Bianchi. E é o Bianchi quem fala por ela, que, inclusive, mudou de nomenclatura.

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12-04-2023 – 08h:00

Direto da Redação

Ricardo Nunes, da “Ricardo Eletro”, fez tanto barulho no mercado mineiro que o nome dele ainda está fresco na memória dos consumidores, principalmente os de eletrodomésticos.

Mas, ele chegou a ser condenado por corrupção ativa, em 2022, pelo pagamento de propina a um auditor da Receita Federal. Foi preso quando se encontrava ao lado da filha, em 2020, sob acusação de sonegação de R$ 400 milhões em impostos. Ficou um dia na prisão e foi libertado depois de prestar depoimento.

Em 2022, o Ministério Público fez outra denúncia contra ele por suspeita de sonegação de R$ 86 milhões.

Atualmente, Ricardo Nunes dá cursos e palestras relacionados com gestão, marketing, vendas e conta com mais de 250 mil seguidores em seu perfil no Instagram.

Agora, depois de tudo isso, eis que “Ricardo Eletro” ressurge com nome novo, e com a perspectiva de abrir 50 lojas, todas em Minas Gerais. Já inaugurou duas, depois de reverter a falência na Justiça. Até o fim deste ano, o sonho dele é abrir entre 18 a 20 lojas e completar as 50 sonhadas até final de 2024.

Naqueles bons tempos em que fazia as mais estapafúrdias publicidades de suas lojas, ele conseguiu abrir 400 espalhadas por todo o País, conseguia faturar R$ 10 bilhões por ano e empregar 30 mil pessoas. Atualmente, tem só 100 funcionários e está refundando a empresa. Até o final deste abril pretende abrir mais três lojas.

Só que Ricardo Nunes não está à frente da empresa. Ele é escudado pelo CEO Pedro Bianchi. E é o Bianchi quem fala pela empresa, que, inclusive, mudou de nome. Agora é “Nossa Eletro”.

O CEO explica que a expansão foi possível a partir do desbloqueio de valores penhorados pela Justiça e também por meio de ativos que foram vendidos.

Bianchi não está nada satisfeito com o crédito no Brasil. Reclama dos juros altos e não entende como a Selic pode estar a 13,75%. Ele acredita que o Banco Central erra a mão nos juros e não vê motivo algum para estarem tão altos. “Os maiores do mundo”! – exclama ele.

Para Bianchi, a inflação não é de demanda e os juros altos estão castigando muito os varejistas, que vivem do crédito. A fraude contábil das Lojas Americanas foi negativa para todos os empresários porque os bancos ficaram temerosos de oferecer crédito a varejistas. “Ficou ruim para todos”, ele disse.

O CEO da “Nossa Eletro” explica o nome novo como sendo uma maneira de chegar mais junto ao público, dando a sensação de que é uma empresa “nossa”, de todos. “Dá ares de coletivo na marca”, disse. Mas a nova marca é uma oportunidade de desvincular da imagem de Ricardo Nunes.

A dívida atual da empresa é de R$ 3 bilhões e neste momento está em negociação com a Procuradoria da Fazenda Nacional, a fim de quitar um passivo de mais de R$ 1,2 bilhão. Disse que é uma negociação complexa e envolve pagamento em dinheiro e ativos da empresa, “mas eu quero quitar esses passivos todos, que não fui eu quem fiz essas dívidas, mas quero resolver isso”.

Ele diz ter entrado na operação depois da compra da “Máquina de Vendas” pelo fundo de “private equity Starbord”, em 2019.

Imagem da Galeria "Ricardo Eletro" volta com roupagem nova e com o nome de "Nossa Eletro" em Minas
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