10-04-2023 – 11h:43

Direto da Redação

O prefeito Fuad Noman, de Belo Horizonte, havia enviado pedido de cerca de meio bilhão de reais para subsidiar os serviços das empresas de ônibus.

Os vereadores da Câmara Municipal de BH rejeitaram a proposta, porque o projeto encaminhado não garante redução de preços ou melhoria da qualidade dos serviços. Eles acharam que é só mais dinheiro para os empresários, sem uma contrapartida deles. “Mais meio bilhão, só se for para o benefício da população", afirmou o presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo (Sem Partido).

A proposta do prefeito Fuad Noman, relacionada ao reajuste de tarifas de ônibus da capital, ora em tramitação na Câmara Municipal só será aprovada, segundo o vereador presidente da Casa, Gabriel Azevedo, se fizer nele a inclusão de quatro pontos.

Quais sejam? Tarifa zero nos finais de semana; tarifa zero integral para estudantes; tarifa zero em vilas e favelas; e um vale transporte social para pacientes em tratamento oncológico, a fim de terem acesso aos serviços de saúde da capital e trabalhadores em busca de emprego.

A Prefeitura, segundo Gabriel Azevedo ficou um ano com subsídios de R$ 237 milhões e tempo para buscar solução e como nada aconteceu, ele assegura: “Agora, eu garanto que esse novo recurso só sai se houver a contrapartida da tarifa zero”, afirmou.

Pelo que se pode ler na linha do horizonte, está-se iniciando uma queda de braço. O que se pode querer e esperar, aconteça o que acontecer, tudo seja feito para o bem do povo. Pelo menos é o que se pode depreender dessa postura da Câmara Municipal.

Os edis já até iniciaram um processo para romper o contrato da PBH com as empresas concessionárias. A base dessa reação dos vereadores é o relatório do Ministério Público de Contas do Estado que aponta fraude em processo de licitação, inclusive, com participação de empresas de fachada, além do fantasma de “laranjas”. Tudo para assegurar que os proprietários sejam os mesmos e possam ter o controle de diferentes empresas na disputa e possam fraudar o resultado.

Para este caso o presidente da Câmara Municipal disse que utilizará um modelo de sustação de contrato adotado pelo governo federal. O processo será coordenado pela Comissão de Mobilidade.

Caso ao final do processo a decisão for pelo rompimento dos contratos, eles acham que a PBH poderia assumir a frota de transporte até a consumação de uma nova licitação.