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Esta é a hora e a vez de Grão Mogol e região investirem no potencial turístico do Espinhaço

Esta é a hora e a vez de Grão Mogol e região investirem no potencial turístico do Espinhaço

O Morro do Pagão, visto do Centro de Grão Mogol, se parece com uma catedral. Quem vai até lá descobre, o que parece uma parede de pedras, na realidade são três ou quatro enfileiras. De uma beleza sem igual!

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04-04-2023 - 17h:36

Alberto Sena*

Moramos quase quatro anos em Grão Mogol, município no limiar do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha. Eu e Sílvia Batista. Foram anos apreciados com a maior disposição e pudemos conhecer a pé, a região, mais do que muitos grãomogolenses.

É com base nesse conhecimento de Grão Mogol que tomamos a liberdade de sugerir, ao ensejo do projeto “Cordilheira do Espinhaço”, que visa a exploração turística do maciço, em primeiro lugar, que a administração pública não perca tempo de aproveitar essa oportunidade.

A vocação de Grão Mogol é o turismo. A região nasceu pronta para atrair, com as suas belezas em pedras, paisagens e cavernas, turistas do mundo inteiro. A sede do município está justamente numa das fraldas da Serra do Espinhaço.

Evidentemente, para execução de um projeto dessa natureza, que envolvem, além de Grão Mogol mais cinco municípios, sendo dois deles do Norte de Minas, há que contar com recursos para criação de uma infraestrutura em cada lugar a fim de tratar bem os turistas, principalmente quanto ao aspecto de recepção, hospedagem e gastronomia.

Não conheço pessoalmente os demais municípios envolvidos, mas sei que Botumirim possui uma natureza privilegiada, tanto quanto Grão Mogol. No caso deste, o Morro do Pagão, quase dentro da cidade, integrante do Parque Estadual de Grão Mogol, devia ser mais aproveitado, dependendo de um entendimento com o Ibama, e criar ali uma infraestrutura para receber visitantes, porque são enormes as opções que a área oferece.

O turista tanto poderia ter acesso a pé, como por meio de um teleférico, que iniciaria a viagem aérea a partir da Praça Coronel Janjão até o Morro do Pagão. A expectativa que tenho é a de que só o teleférico já despertaria o interesse de muita gente de fora.

O Morro do Pagão, visto do Centro de Grão Mogol, se parece com uma catedral de uma parede só. Mas, quem vai até lá descobre, o que parece uma parede de pedras, na realidade são três ou quatro enfileiras. De uma beleza sem igual.

Quem sabe desta vez, com essa ideia de explorar a única cordilheira do País, Grão Mogol e as demais cidades aprendem a cuidar e a investir turisticamente no seu potencial?

A gente sabe que os prefeitos nunca gostaram de investir em turismo porque os resultados demoram a aparecer. E quando aparecem, os prefeitos são outros e assim vai. Até que, de uma hora para a outra, surgiu o projeto “Cordilheira do Espinhaço”. Parece que dessa vez vai e Grão Mogol não deve cochilar no ponto.

Com 1.200 quilômetros, a Cordilheira do Espinhaço está presente em municípios como Ouro Branco, Ouro Preto, Catas Altas, Caeté, Serro, Diamantina, Botumirim, Grão Mogol, Itacambira, Porteirinha, Mato Verde, Espinosa, Olhos d'Água e Monte Azul.

Reconhecida pela Unesco como Reserva Mundial da Biosfera, passava da hora de sua beleza ser mostrada aos brasileiros e aos estrangeiros. A região possui atrativos como parques estaduais, cachoeiras, espécies endêmicas, além de muitos outros.

Sem falar da cordialidade, da gastronomia, do artesanato e da cultura de cada lugar que tem o privilégio de contar com um pouco da beleza desse gigante chamado Espinhaço.

*Editor Geral.

Imagem da Galeria Esta é a antiga Rua Direita, de onde se pode ver ao fundo o Morro do Pagão, que tem história
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