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Rodoanel dá mais um passo para evitar mortes, prejuízos e poluição na Região Metropolitana

Rodoanel dá mais um passo para evitar mortes, prejuízos e poluição na Região Metropolitana

A expectativa é começar as obras no ano que vem. Para iniciar os trabalhos, o governo precisa adquirir a licença ambiental, que seria o próximo passo do projeto.

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02-04-2023 - 08h:00

Enio Fonseca*

O Governo de Minas assinou o contrato de concessão do Rodoanel da Região Metropolitana de Belo Horizonte. As obras devem custar R$ 5 bilhões e vão durar cerca de cinco anos. Do valor total, R$ 3 bilhões são oriundos do acordo com a mineradora Vale pela reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem em Brumadinho. Os outros R$ 2 bilhões serão investidos pela empresa INC.S.P. A., vencedora do leilão.

A expectativa é começar as obras no ano que vem. Para iniciar os trabalhos, o governo precisa adquirir a licença ambiental, que seria o próximo passo do projeto. Inicialmente, serão construídos 100km de malha rodoviária no traçado planejado - que pode ser alterado dependendo dos pedidos feitos para a obtenção da licença ambiental, cujo processo se encontra em tramitação na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

O atual Rodoanel, antigo e ultrapassado, é palco de acidentes frequentes, com centenas de mortes ao longo dos anos. Acidentes tem impactos negativos diversos, além das injustificáveis mortes, como perda de tempo para toda a sociedade, presa nos colossais engarrafamentos que se formam. Cargas que se perdem, consumo excessivo de combustíveis em veículos que não conseguem se locomover minimamente, emissão de gases poluentes, impactos na saúde física e emocional de muitos.

 

A Sociedade não entende porque o novo rodoanel não foi construído há décadas, quando o atual foi tomado pela urbanização lindeira, o fluxo de veículos sufocou sua capacidade de tráfego, e os acidentes vem causando anualmente muitas mortes injustificáveis.

Para chegar no traçado ideal, o governo realizou oito audiências públicas e ouviu mais de 650 propostas, feitas por membros da sociedade civil. Os técnicos da Secretaria de Estado e Infraestrutura estudaram dez alternativas até finalizarem a proposta apresentada.

Os 100km serão divididos em quatro “alças”, chamadas de Norte, Oeste, Sudoeste e Sul, que passarão pela capital e por Sabará, Santa Luzia, Vespasiano, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Contagem, Betim, Ibirité e Nova Lima.

Uma das principais intenções de todo o projeto é retirar a grande movimentação de caminhões e veículos pesados do fluxo urbano das cidades. Durante as obras, serão criados mais de 15 mil empregos.

O Rodoanel vai contar um novo sistema de pedágio, chamado de “free flow”, que não terá praças físicas de cobrança durante o trajeto.

Vidas que se perdem não tem preço. Rodoanel já!

*Enio Fonseca é CEO da Pack of Wolves Assessoria Socioambiental, foi Superintendente do Ibama, Conselheiro do Copam e Superintendente de Gestão Ambiental da Cemig, é parceiro da Econservation.

Imagem da Galeria Finalmente, o Rodoanel da Região Metropolitana irá sair do papel para a realidade
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