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O poder do nome do barão de Grão Mogol justifica investir na trilha da fazenda dele

O poder do nome do barão de Grão Mogol justifica investir na trilha da fazenda dele

Agora que há um projeto para estimular o turismo do Circuito da Cordilheira do Espinhaço, seria a grande oportunidade para a administração do Município assimilar a importância do barão.

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28-03-2023 - 18h:11

Alberto Sena*

A Trilha do Barão de Grão Mogol é uma sensacional atração numa região dotada de diversos atrativos, como o maior presépio perene e a céu aberto do mundo, Mãos de Deus chamado. Se bem divulgada, e se na trilha for realizada alguma obra de infraestrutura de apoio, um deles ali pela altura da gruta do Quebra Coco (7,5 km), para receber os turistas afeitos às caminhadas, a trilha tudo tem para vir a ser percorrida por brasileiros e estrangeiros aficionados, ganhando ainda mais fama nacional e internacional.

Os grãomogolenses precisam valorizar o que têm ao redor da cidade. O potencial é enorme. À medida que as pessoas forem descobrindo os atrativos desta terra construída sob o poder do diamante, as perspectivas de Grão Mogol se abrirão como um leque.

O potencial turístico de Grão Mogol poderá gerar mais empregos e movimentar ainda mais o comércio da cidade, que dispõe de acomodações de boa qualidade, como o Hotel Paraíso das Águas e pousadas.

Nas grandes cidades a cada dia mais as pessoas estão enfaradas da vida agitada, de ruas entupidas de gente e de carros, além dos problemas socioeconômicos e de segurança pública.

Grão Mogol possui a síntese de tudo de bom para quem quer viver com qualidade: ar puro, não tem chaminés de fábrica nem trânsito intenso de carros ao ponto de infestar as ruas e as casas de monóxido de carbono.

Em Grão Mogol não há semáforo. Por onde as pessoas andam a pé (ou de carro), dentro ou fora da cidade são lindas as paisagens. Há segurança pública. Quase todos os habitantes se conhecem. O costume antigo de portas e janelas das casas abertas ainda é mantido. Quase todas as casas têm quintal. E cada quintal tem pomar com manga, pinha, fruta do conde, graviola, fruta-pão, carambola, pêssego, entre várias outras frutas.

Nesse conjunto de atrações, a Trilha do Barão de Grão Mogol tem um apelo forte que não está sendo explorado o suficiente. Aliás, o nome de Gualtér Martins Pereira, o Barão de Grão Mogol, possui grande potencial histórico, republicano e folclórico que pelos últimos três séculos colaram nele como goma arábica.

Se a sociedade grãomogolense e as autoridades da cidade se interessarem em trasladar os restos mortais do Barão para Grão Mogol, o mínimo que poderá acontecer é a cidade ganhar a mídia nacional. Vê-se nisso forte marketing positivo. E tudo parece estar concorrendo para esse fim, porque o túmulo do barão, no município de Rio Claro (SP), estaria abandonado em meio a um canavial. Considerando ter ele nascido em Grão Mogol, na antiga fazenda Santo Antônio, depois chamada de Cafezal, o lugar do barão é em Grão Mogol.

As pedras de Grão Mogol falam. Assumem figuras de animais pré-históricos e de várias gentes. O lugar possui luz própria. Magia envolvente. Do alto das serras veem-se vales por onde plainam gaviões. Nascentes brotam água amarelada pela ação das pedras e da própria vegetação de altitude por onde correm os riachos, alguns perenes.

Quem percorre a trilha, de 30 quilômetros ida e volta, faz um percurso histórico, de mais de 300 anos, numa época em que Grão Mogol recebia gente de quase todas as partes do mundo devido ao interesse pelo diamante. Pela trilha homens e animais sem conta transitaram antes, durante e depois do barão, cujo nome ficou na história.

Além da singular paisagem, a trilha em si, cheia de obstáculos porque feita de pedras, é um atrativo para quem já fez caminhos famosos, como o de Santiago de Compostela, na Espanha; Caminho de São Francisco de Assis, na Itália e Caminho da Fé (MG/SP).

Claro, proporcionalmente, não se pode comparar a Trilha do Barão com nenhum dos caminhos citados, devido ao fato de ser curto. Mas pode ser projetado como dos mais acessíveis para os aficionados por caminhadas. Eles não iriam precisar ir longe buscar um percurso de lindas paisagens que levam o caminhante a se sentir realmente vivo e agradecido a Deus pela vida.

Por outra, a Trilha do Barão de Grão Mogol poderia ser divulgada como um lugar preparatório para as pessoas que estiverem com a intenção de fazer algum dos caminhos mais famosos, como os já citados, incluindo a Estrada Real, de 1.200 km, de Diamantina até Parati, no Rio de Janeiro.

Imagem da Galeria A Trilha do Barão de Grão Mogol é um dos lugares mais bonitos da região de Grão Mogol
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