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A questão energética é o crucial problema a ser resolvido, se ainda houver tempo

A questão energética é o crucial problema a ser resolvido, se ainda houver tempo

Afora o pessimismo, mas encarando cara a cara a realidade baseando no que de negativo acontece no planeta, basta citar alguns nomes de nações beligerantes.

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15-03-2023

12h:45

Anes Otrebla*

A não ser que os nossos cientistas encontrem uma matriz energética nova – já se fala no hidrogênio para reduzir as fósseis, por livre e espontânea pressão – o mundo estará irremediavelmente inviável em breve, cheio de gente e entupido de carros amontoados sobre um leque chinês de problemas.

Uns vivem inconscientemente. Outros são como robôs. A grande maioria é composta de militantes do ego. E pouquíssimos, para ser otimista, são os que de fato retardam a vinda do tsunami, estes literalmente seguram a onda.

Afora o pessimismo, mas encarando cara a cara a realidade baseando no que de negativo acontece no planeta, basta citar aqui alguns nomes de nações beligerantes e com problemas econômicos prontos para pôr em risco a paz, a economia e o social mundiais: Rússia e Ucrânia, EUA, Israel, Síria, Egito, Gaza, Iraque, Irã, Afeganistão, países africanos, crise econômica europeia, canos de bilhões dados pela Grécia.... Tem mais, mas, para não ficar enfadonha essa conversa, vamos em frente porque quem fica parado é poste.

Quem abrir a janela do mundo hoje utilizando as ferramentas disponíveis de comunicação “on line”, principalmente, poderá traçar uma nítida linha de comparação entre as civilizações que habitaram o planeta noutras épocas e a civilização atual.

A conclusão não é outra senão o diagnóstico de que o nosso mundo vai mal. E se a humanidade não encontrar “modus operandi” e “modus vivendi” diferentes de se relacionar em família, na sociedade, no ambiente, numa ação de fora para dentro e de dentro para fora, partindo de cada um dos cidadãos, só vai nos restar a alternativa de apagar a luz (Foto), ato deixado para o último dos sobreviventes.

A intenção ao abordar toda essa enxurrada negativa que torna o Inconsciente Coletivo da humanidade carregado, não é alarmar ninguém, mesmo porque só ficar alarmado não resolverá o problema.

A intenção é chamar a atenção das pessoas para o que se passa ao redor e que cada um procure dar a sua parcela de contribuição para proteger a si mesmo e os outros. Alimentar pensamento global e de alguma forma atuar localmente é uma linha boa a ser seguida.

Enquanto estamos aqui nessa conversa, não sabemos ao certo o que acontece lá na China. Dizem metaforicamente que se os chineses combinarem dar um salto para cima todos ao mesmo tempo, é capaz de mudarem o eixo da terra ao baterem no chão.

A China hoje, com todo o desenvolvimento acumulado em décadas de Produto Interno Bruto (PIB) elevado, agora em queda, mas ainda alto, é comparável a uma bomba relógio. Uma frase atribuída a Napoleão Bonaparte diz em outras palavras que “é melhor deixar a China adormecida do que despertá-la”.

E a China está desperta. É a segunda maior economia mundial. E no ritmo em que vai pode suplantar os EUA, mas as informações que chegam de lá e baseado em vídeos que circulam pela internet, se a bolha da China estourar, e tudo indica que isto poderá acontecer, sem querer ser pessimista, mas sendo, será o fim do mundo.

A crise europeia e tudo mais que aconteceu e acontece no momento aos EUA serão fichinha diante da suposta inconsistência da economia chinesa. Só para citar um exemplo: na China há milhões de apartamentos prontos para serem ocupados, mas os chineses não dispõem de numerário para adquirir os imóveis. Cidades inteiras, construções recentes, estão abandonadas.

Dá para ficar triste sabendo de tudo isto e muito mais que não convém registrar para não alongar a conversa. Mais triste ainda dá para se ficar sabendo que em meio a tanta estupidez, há um mundo maravilhoso, dotado de beleza natural as mais incríveis, que podiam ser vivenciadas por todos, indistintamente.

Imaginem: se os homens e as mulheres mais poderosos do mundo quisessem dar um basta na miséria humana e juntassem o dinheiro que possuem para resolver os problemas socioeconômicos que sagram a humanidade. No final das contas estariam mais ricos ainda e um mundo sem necessitados surgiria diante de nós.

Utópico? Sim, mas uma utopia possível se se pode dizer assim. É preferível vislumbrar utopias que admitir a estupidez do ser humano; estupidez tamanha, que põe no chinelo a de um asno. Enquanto usamos de todas as armas para destruir o planeta, vamos tendo o cuidado de cavar a nossa própria sepultura.

*Jornalista e escritor.

Imagem da Galeria A questão energética daqui para frente será o gargalo da humanidade
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