Português (Brasil)

Brasil e Alemanha, com Minas Gerais no meio, ficaram mais pertos um do outro

Brasil e Alemanha, com Minas Gerais no meio, ficaram mais pertos um do outro

A realização do 39° Encontro Econômico Brasil-Alemanha, hoje, em Belo Horizonte, no Minascentro, foi uma demonstração desse entrosamento que irá render frutos para um e outro.

Compartilhe este conteúdo:

Direto da Redação

13-03-2023

18h:59

O 39º Encontro Econômico Brasil-Alemanha aconteceu hoje, 13, em Belo Horizonte, no Minascentro, com a participação do Vice-presidente da República, Geraldo Alkmin, o governador de Minas, Romeu Zema e o vice-chanceler e ministro federal de Assuntos Econômicos e Ação Climática da Alemanha, Robert Habeck.

O objetivo principal do evento foi debater iniciativas com o fito de ampliar as relações de comércio e investimentos entre Brasil e Alemanha, focados na temática “Novas abordagens sobre energia, clima e digitalização”. Com o auditório do Minascentro ficou cheio, com gestores de governo, autoridades, empresários e investidores.

O interesse do vice-chanceler Habeck tinha relação com o acordo de integração comercial entre o Mercosul e a União Europeia. Pediu pressa nas negociações para que os dois países ganhem tempo. Elogiou a importância do Brasil, numa ocasião em que a Alemanha está em dificuldade devido as sanções impostas pela Rússia, no tocante ao fornecimento de energia à população.

O alemão disse que com o governo Lula se pode chegar a entendimento e ele gostaria de aproveitar o momento, que é especial, “e podemos dar atenção a alguns pontos para garantir a prosperidade de todos", disse.

ALCKMIN

Pelo semblante animado e de sorrisos labiais, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB) dava mostras do quão boas serão as relações entre Brasil e Alemanha. Ele percebe que os dois países ficaram mais próximos e “tem tudo para avançar” na parceria, e na condição de ministro trabalha 24 horas por dia para a indústria brasileira, com o objetivo de “produzir bem e barato”.

Para o alemão vice-chanceler e ministro federal de Assuntos Econômicos e Ação Climática da Alemanha, Robert Habeck, ver e ouvir juntamente aos presentes no auditório lotado do Minascentro, Geraldo Alkmin disse que o Brasil possui indústria diversificada e agricultura eficiente, presta serviços de qualidade tudo isso dentro de um espectro maior que é o de “reduzir o custo Brasil, e rápido”.

O governo vai trabalhar para enfim fazer acontecer a reforma tributária, “pode ser até mais de um alíquota, mas o imposto será um só”. Porque a intenção é desburocratizar a administração e de modo a fazer crescer as exportações. Com ações no âmbito do Mercosul, para fortalecer as relações entre os países da América do Sul, buscando meios de interagir com a Comunidade Europeia e outros países.

O Brasil é hoje o País das grandes oportunidades, pelo que bem disse o vice-presidente, com um discurso otimista, que chega aos ouvidos como marco de um tempo novo para a Nação, que esteve longe do cenário internacional.

Em termos de energia renovável, o grande desafio do momento em todo o mundo, o vice-presidente da república disse que os agricultores estão sendo orientados a recuperar áreas degradadas, obtendo alguma compensação, de modo que País dispõe do etanol considerado o terceiro combustível verde.

O importante é que Alkmin apresentou aos alemães que o Brasil já é outro em tão pouco tempo de novo governo e está aberto a bem se relacionar com os demais países. É possível que eles ficaram bem impressionados com o discurso do brasileiro, dentro da linguagem atual, de quem já trabalha baseado na trilogia ESG – Ambiente, Social, Governança.

O Brasil não tem a menor dificuldade em se adequar aos novos tempos porque busca desenvolver energia limpa e pretende cada vez mais manter uma relação de comércio exterior, que é essencial.

ZEMA

Embora de conteúdo diferente do discurso do vice-presidente, o do governador de Minas, Romeu Zema, esteve dentro de uma aura semelhante, apesar do clima ainda austero entre governador e vice-presidente. O governador sublinhou os tempos novos da mineração no Estado, onde cerca de dez barragens já foram desativadas e a mineração vem de evitar a repetição das tragédias de Mariana e Brumadinho.

Está em curso uma nova relação das mineradoras com o ambiente tendo havido “um avanço significativo” segundo o governador, de maneira que, “mar de lama, nunca mais”, frisou ele. Lembrou que as multas estão cada vez mais altas, citando, sem dizer o nome da empresa, mas salientando que ela pagou R$ 67 bilhões. E emendou na notícia de ter inaugurado dez leitos de CTI em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por esses dias.

O animado governador disse que Minas é o Estado brasileiro que mais gera energia na modalidade fotovoltaica. É o primeiro a alcançar a marca de 4 GW de geração energética fotovoltaica, como divulgou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Até 2050, segundo Zema, Minas Gerais deverá ter reduzido ao máximo os gases do efeito estufa. O Estado é o maior em termos de áreas reflorestadas e investe em recuperação de áreas degradadas.

Ele destacou o uso do etanol produzido de cana de açúcar dizendo da facilidade que será para Minas considerando que 90% da frota já funciona como flex. Os carros elétricos nem surgiram por aqui, ainda, mas o combustível etanol é limpo e renovável tanto quanto.

O governador falou também sobre o fato de Minas ter atraído nesses últimos meses investimentos da ordem de R$ 270 bilhões, “boa parte aplicada em energia renovável”.

Ele exaltou o Rodoanel ainda a ser construído, como sendo uma maneira de proporcionar melhorias no trânsito de Belo Horizonte. E também sobre a ampliação do metrô, promessa do governo federal.

Lembrou que hoje em dia, por meio de um aplicativo, o cidadão mineiro pode resolver muitas coisas pela internet, o que significa economia de diversos aspectos para todos.

O governador sinalizou que vem construindo “um Estado mais sustentável”, e o discurso dele deve ter impressionado os alemães ali presentes.

 

Imagem da Galeria Governador Zema, vice-presidente Geraldo Alkmin e o alemão Robert Habeck, no Encontro
Compartilhe este conteúdo:

 

Synergyco

 

RBN