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Circuito Literário de BH acolhe de braços abertos as esculturas de volta aos devidos lugares

Circuito Literário de BH acolhe de braços abertos as esculturas de volta aos devidos lugares

Todas estão limpinhas, com jeito de estátuas de banho tomado, do jeitinho dos humanos quando saem do banheiro depois de uma chuveirada, inda mais nesse calorão que anda fazendo.

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Direto da Redação

12-03-2023

09h:32

O jornalista e escritor Roberto Drummond, quando na ativa da redação do jornal Estado de Minas, na Rua Goiás 36, no Centro de Belo Horizonte, tinha o costume de cumprimentar as pessoas assim: “Tudo legal?”

E é com a maneira dele de cumprimentar as pessoas que o Diário de Minas tem a satisfação de informar que não só com Roberto Drummond, mas com as demais esculturas do Circuito Literário de Belo Horizonte – Carlos Drummond de Andrade, Pedro Nava, Henriqueta Lisboa, Murilo Rubião – ficou “tudo legal”! agora, que estão todas de volta ao cenário da capital.

As esculturas estão nos seus devidos lugares desde este sábado, 9, e o prefeito Fuad Noman (PSD) não se fez de rogado, posou ao lado de cada uma delas, sendo que na de Murilo Rubião contou com a presença da sobrinha dele, Silvia Rubião.

“Resgate da cultura de BH. Estamos entregando a revitalização do Centro, e trazer uma forma de fazer BH mais feliz é trazer de volta essas estátuas que foram tão agredidas e vandalizadas”, afirmou o prefeito.

As esculturas voltaram às ruas limpinhas, todas com jeito de estátuas de banho tomado, do jeitinho dos humanos quando saem do banheiro depois de uma chuveirada, inda mais nesse calorão que faz atualmente na capital.

Dá até para imaginar e até repugnar o caldo saído de cada uma delas, porque afinal este foi o primeiro banho. Além de sujas pelas intempéries, tinham as marcas de mãos de vândalos.

Por que e para que arrancar as mãos de Drummond? Por que cortar as mãos de Henriqueta Lisboa a segurar um livro, a convidar as pessoas a abrirem o espírito e a mente?

Daqui para frente, os vândalos que tomem tento porque senão irão ver o sol nascer quadrado porque um esquema de segurança já está em vigor para proteger as esculturas. Um alarme será tocado toda vez que alguém se aproximar delas com más intenções e a Guarda Municipal entrará em ação.

O Centro Integrado de Operações (CO) tem uma câmera instalada que vigia as esculturas, de modo que a segurança vai agir com rapidez e eficiência.

É importante dizer que o banho dado pelo escultor Leo Santana às ilustres estátuas custou cerca de R$ 200 mil, grana tirada dos cofres públicos municipais, o que é a mesma coisa de dizer que é dinheiro saído do bolso de cada um, para recuperação e em ações educativas.

Pela ordem, o prefeito Fuad Noman visitou cada uma das esculturas, a começar de Drummond e Pedro Nava, na Praça Alberto Deodato, que, por sinal, foi um grande jornalista.

Acompanhado do presidente da Câmara Municipal, vereador Gabriel Azevedo (Sem Partido), foram depois até a Praça da Liberdade onde visitaram Murilo Rubião nos jardins da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, onde os “Quatro Cavaleiros do Apocalipse” esperavam o fantástico Zacarias.

Em seguida foram à Savassi, onde Roberto Drummond, ansioso aguardava a visita no quarteirão fechado da Rua Antônio de Albuquerque e alguns passos acima a poetisa Henrique Lisboa não perdeu por esperar porque foi a vez de receber a visita, na Rua Pernambuco 1336, em frente ao prédio onde ela morou, e mais tarde, o escritor Bartolomeu Campos de Queiroz, no mesmo apartamento dela.

Eliane Parreiras, secretária Municipal de Cultura disse que essa iniciativa de restaurar as esculturas contribuiu para “promover a cultura e o patrimônio histórico, fortalece a identidade e o sentimento de pertencimento da população”.

Imagem da Galeria As esculturas do Circuito Literário de Belo Horizonte estão de volta e de banho tomado
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