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Energias Renováveis deslancham na América Latina, Brasil e Minas Gerais

Energias Renováveis deslancham na América Latina, Brasil e Minas Gerais

Brasil, Chile, Colômbia e México representam quase 84% dos 69 GW existentes de parques solares e eólicos em escala de utilidade atualmente em operação na região.

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11-03-2023

09h:31

Enio Fonseca*

América Latina tem 319 GW em renováveis anunciadas até 2030; Brasil lidera com 217GW

Relatório do Global Energy Monitor (GEM) mostra que a América Latina tem potencial para aumentar sua capacidade de energia solar e eólica em mais de 460% até 2030 se todos os 319 gigawatts (GW) de novos projetos em grande escala anunciados, em pré-construção ou em construção entrarem em operação.

Isso representa um crescimento de quase 70% em relação à capacidade elétrica atual da região considerando todas as fontes (457 GW).

O Brasil lidera, com um potencial de 217 GW – 57 GW de parques solares, 160 GW de eólicas onshore e offshore. Só em eólicas offshore o país tem mais de 176,5 GW em projetos com pedidos de licenciamento no Ibama.

Em seguida vem Chile (38 GW), Colômbia (37 GW), Peru (10 GW) e México (7 GW) com anúncios em renováveis até 2030.

Hoje, Brasil, Chile, Colômbia e México representam quase 84% dos 69 GW existentes de parques solares e eólicos em escala de utilidade atualmente em operação na região.

Mas enquanto Brasil, Chile e Colômbia estão na vanguarda da corrida renovável, o México ficou para trás; em última análise, deve atingir apenas 70% de sua promessa de trazer 40 GW de energia solar e eólica até 2030, diz o estudo.

Há pelo menos cinco motivos para o otimismo em relação aos três líderes: leilões de energia bem estabelecidos, abertura ao investimento privado, potencial econômico das exportações de hidrogênio verde, redução do custo das instalações solar e eólica e respostas políticas às mudanças climáticas.

Se todos esses 319 GW saírem do papel, a AL ficará atrás apenas da Ásia Oriental, puxada pela China, na corrida por energia verde. 

A corrida pelas energias renováveis está se acelerando rapidamente, o que significa que países que fizeram mais esforços até aqui, como Brasil e Colômbia, devem permanecer vigilantes enquanto criam projetos solares e eólicos em larga escala, além de outros a base de biomassa.

Minas Gerais tem na energia hidráulica sua fonte preponderante de energia elétrica, mas vem aumentando sua geração solar de forma exponencial.

Todo este esforço no aumento do uso das energias renováveis encontra alinhamento com as metas mundiais, definidas na COP 26, da redução de emissão de GEE, gases efeito estufa, dentro de um processo de transição energética das fontes de geração fósseis para as renováveis.

*Enio Fonseca é CEO da Pack of Woves Assessoria Socioambiental, foi Superintendente do Ibama, Conselheiro do Copam e Superintendente de Gestão Ambiental da Cemig

Imagem da Galeria O Brasil lidera na América Latina em matéria de energia renovável, de olho no presente e no futuro
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