Direto da Redação

06-03-2023

18h:20

Diamantina, turística por vocação, município portal de entrada do Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais ricas do Estado de Minas Gerais, faz 310 anos no dia de hoje, 6 de março.

Nem parece ser a cidade tão antiga assim, mas ela tem história em cada lajedo do calçamento de rua. Cada um dos seus sobrados é prova material, viva, se se pode dizer assim, de uma época de império e de ouro, as pedras preciosas, tanto como são hoje, mas naquele tempo muito mais, era a credencial do “cidadão de bem”.

Mas, uma coisa são os 310 anos dessa cidade iluminada tanto de dia como à noite, quando parece transmitir um fluxo de luz completamente diferente de Ouro Preto, de características semelhantes, porém sombria em comparação com Diamantina.

A cidade faz aniversário, ganha os parabéns! mas quem fica com os presentes é o povo de Diamantina, por intermédio do prefeito Juscelino Brasiliano Roque, 62 anos, empresário do ramo de automóveis há 40 anos (hoje o filho dele cuida da empresa) segunda administração, que faz a diferença e expõe a cidade à visão mundial, baseado na trilogia ESG (Ambiente, Social, Governança).

Qualquer semelhança entre o nome do prefeito e o presidente Juscelino Kubitschek não é mera coincidência porque ele nasceu no dia 20 de abril de 1960, sob os auspícios da inauguração de Brasília (DF) e a família dele era amiga do presidente, que até enviou um telegrama, guardado como uma relíquia, cumprimentando o pai pelo nascimento do menino.

O prefeito participa de quase tudo que acontece na cidade. Na verdade, ele é um provocador social e investe nisso como um administrador que reconhece os talentos e os valores da terra.

Se se fizer uma regressão da vida dele, o felizardo esbarrará em notas musicais, em cultura, em arte, o que denota estar ele no lugar certo, em Diamantina e à frente da Prefeitura Municipal, por intermédio da qual realiza obras sociais e com isso diz desfrutar de 80% de aprovação por parte dos diamantinenses.

Juscelino em certo momento da conversa ao telefone, provocado por meio de uma pergunta se não estaria propenso a seguir a trilha do padrinho JK, o prefeito disse que já pensou em disputar para deputado, mas percebeu não ter vocação parlamentar, o que deu a entender que pretende, sim, alçar voos mais altos.

Nas mãos de Juscelino, que tem um violão Giannini, autografado por JK, Diamantina vem se mostrando outra, como uma cidade onde há regras de cidadania a serem seguidas, afinal de contas, a urbe aniversariante é a cidade mais premiada do mundo, sob todos os aspectos.

Segundo o prefeito, a cidade é hoje um exemplo para outros municípios, até mesmo quanto ao trato com presidiários, que prestam serviços urbanos de limpeza de ruas. “Ninguém mais sente mau cheiro nas ruas”, salientou.

Presos em regime fechado, Juscelino, na confiança, que nunca foi traída, dá tratamento diferenciado, estimulando os talentos, valorizando as pessoas, numa relação humana de fato e de direito, porque ele sabe, todos merecem ser bem tratados.

O prefeito mudou para melhor a relação com o carnaval, dando aos foliões mais dignidade, com a introdução de cerca de 50 blocos, que deram ao carnaval outro significado, sem o “tum-tum” de sons de mau gosto.

“O carnaval cresceu em quantidade e qualidade; em 2012, Diamantina estava uma lástima, o clube Acaiaca, no Centro da cidade, tinha virado motel”, disse.

Ele chamou a atenção para a apresentação da Orquestra Sinfônica. Na noite de hoje, no histórico Mercado da cidade, que, inclusive, ganhou uma reforma. A apresentação é para celebrar o aniversário da cidade.

Juscelino é vice-presidente da Organização das Cidades Brasileiras Patrimônio Mundial (OCBPM), instituição que tem por missão auxiliar os municípios e regiões “a alcançarem patamares mais elevados de desenvolvimento sustentável por meio da valorização do patrimônio cultural e natural”.

Planejamento, coordenação, isso e mais responsabilidade com prestação de serviço para o presente, “algo palpável”, é o que a administração Juscelino quer deixar marcado, inclusive na alma das crianças como as cerca de 1,2 mil delas, durante o carnaval, no projeto chamado “Miguilim”, participando de atividades e aprendizagem de tarefa de confeccionar máscaras e outros objetos.