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“Mosca do tronco” ataca pequizeiros e todo tipo de árvores no Norte de Minas

“Mosca do tronco” ataca pequizeiros e todo tipo de árvores no Norte de Minas

Esse inseto feio mostrado em foto veio para dizimar as florestas do Norte de Minas e se os nossos técnicos demorarem a encontrar médio de combate, a próxima safra de pequi será comprometida.

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Direto da Redação

28-02-2023

12h:14

O ex-funcionário do Banco do Brasil (BB), de Montes Claros, aposentado, Geraldo Élcio Badinha, ligado às ciências agrárias, está preocupado com o avanço da “mosca do tronco”, que ataca os pequizeiros do Norte de Minas e já comprometeu, segundo ele, 50% das árvores de Japonvar o maior produtor da região.

Em Japonvar, que fica a 102,4 quilômetros de Montes Claros, praticamente toda a população, de menos de 10 mil habitantes, vive do pequizeiro, de seus frutos e derivados de todo tipo.

Como disse Geraldo Élcio, a praga consome todo tipo de árvores, e ele se comprometeu a ir a uma determinada área para fotografar os ataques, a fim de provar o que disse.

Ele se mostra mais preocupado ainda porque parece haver lentidão no acompanhamento da praga, que, em verdade, é uma mariposa (Foto) assombrosa, que possui no rabo uma espécie de perfuratriz. Ela abriria um buraco no tronco das árvores onde botam seus ovos dos quais saem lagartas que penetram a madeira e vivem da seiva. Resultado, a árvore seca completamente.

Outra pessoa preocupada com os ataques da praga no Norte de Minas, Zé Maia, ele, como leitor do diariodeminas.com.br, enviou uma foto da mariposa responsável pelos estragos nos pequizeiros e demais árvores do Norte de Minas. Se não houver uma ação coordenada para atacar a praga, a vegetação da região corre o risco de ficar comprometida.

Dentre as árvores que estão sendo atacadas, o pequizeiro é a mais importante porque, como canta o poeta Téo Azevedo, que se intitula “o rei do pequi”, o fruto “é o esteio do Cerrado”. A função socioeconômica e cultural do pequizeiro é posta à prova a cada ano, à medida que a sua fama se espalha, chegando até à Europa, onde saiu da arte culinária para entrar na arte magica da perfumaria.

Depois de tanto esforço para tornar o pequizeiro reconhecido como “árvore sagrada”, da qual milhões de animais, insetos, gado e gente se alimentam, não é possível que uma simples mariposa venha a acabar com ela.

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e a Empresa de Extensão Rural de Minas Gerais (Emater) já devem estar buscando uma maneira de resolver a questão e podia divulgar o que pretendem fazer, o mais rápido possível, para extinguir o inseto predador, a lagarta.

 

Imagem da Galeria Essa mosca bota os ovos e deles saem uma lagarta que suga a seiva das árvores
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