Direto da Redação

23-02-2023

08h:42

Enquanto Rússia e Ucrânia guerreiam, os demais países, principalmente os mais desenvolvidos, entram numa correria em busca de lítio, onde tiver disponível, inclusive no Brasil, na Região do Vale do Jequitinhonha (MG), de maneira que não foi à toa a criação da Secretaria Nacional de Transição Energética, por parte do governo federal, dentro do Ministério de Minas e Energia.

Como em termos energéticos o mundo passa por um período de transição, é bom registrar, aqui: em Davos, onde aconteceu o Fórum Econômico Mundial, muito se falou sobre a necessidade de o Brasil investir em fontes renováveis, eólica, solar e em biomassa.

Diferentemente de muitos outros países, o Brasil, como afirmam entendidos da matéria, como a pesquisadora do Instituto de Estudos Avançados (IEA), da PUC de São Paulo, Elaine Santos, em artigo do Jornal da USP, aqui já se pode alcançar 100% de uma matriz energética, porque possui potencial de hidrogênio verde alcançado por meio de eletricidade renovável.

O hidrogênio verde é destaque entre as tecnologias novas, entretanto carece do importante apoio político para fazer as coisas acontecerem. Este é um alerta contido em relato da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês).

O novo governo, que tem o mineiro Alexandre Silveira como ministro de Minas e Energia, e voltou à Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), opta por projetos incentivadores binacionais nessa fase considerada de transição energética, com destaque para biocombustíveis, mas também hidrogenia e hidrelétrica, além de solar e eólica.

Nessa fase, um mineral antigo, mas de grande uso por empresas de fabricação de baterias, principalmente de veículos automotores, chamado lítio, até parece ser um mineral novo, recém-descoberto, tamanha a corrida que desperta.

O triângulo do lítio da América Latina possui 60% das reservas mundiais, daí esse furor das indústrias dos países desenvolvidos. Afinal, eles precisam do mineral que aqui está para o que eles produzem lá.

O claro exemplo da importância do lítio no mercado mundial, foi a visita de Olaf Scholz, ministro Alemão, ao Brasil, depois de ir à Argentina e ao Chile. Pode ser que a Alemanha tenha chegado um pouco tarde porque a China e os Estados Unidos aqui estão faz tempo.

É importante que o governo mineiro e o federal fiquem atentos para o lítio do Vale do Jequitinhonha, para que não aconteça de ser explorado incorretamente e sem uma boa compensação para os municípios onde brota da terra, como Araçuaí e Itinga.

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