Direto da Redação

12-02-2023

08h:28

A vaquinha da Rua Leopoldina, no Bairro Santo Antônio, na Região Sul de Belo Horizonte, é hoje o ícone mais interessante daquela comunidade, e a cada carnaval se vai ganhando mais importância, até deu origem ao bloco “Mamá na Vaca”, que saiu às ruas neste sábado, 11.

Ela está plantada na calçada, do lado esquerdo de quem desce a Rua Leopoldina desde o dia 2 de fevereiro de 1981. Há 42 anos, portanto. Devagar, sem alarde, ela, por si só se foi impondo na comunidade.

O projeto da vaquinha foi executado em 6 de fevereiro de 1981. Originalmente, ela foi colocada na Praça Sete, mas o artista argumentou, melhor em algum lugar e “por si só, insólita, deveria se dar numa área urbana sem características referenciais, ou seja, numa rua qualquer, comum. Assim, de forma simples e singela, promovendo uma referência para o seu entorno, provocará surpresa de quem ali passar”.

Dito e feito, o escultor estava coberto de razão. Aos poucos as pessoas se foram observando a vaquinha, que embora fixa ali na calçada, movimenta o bairro e até a cidade, porque transmite mensagens a cada mudança de cor.

Desde aquele distante fevereiro de 1981, até por esses dias de pré-carnaval de 2023, a vaquinha mudou de roupa incontáveis vezes. De tanta tinta que levou a longo desses anos, ela parece estar mais gordinha.

Desta feita, a vaquinha ganhou pintura branca, com a figura de um tucano do lado e a inscrição “O golpismo foi para o brejo”. O interessante é que ela é usada para tecer críticas, quando é necessário e adota as questões ambientais.

Os residentes no Bairro Santo Antônio gostaram tanto da chegada da vaquinha, àquela época, que criaram uma associação, de tanto que gostaram da ideia, para dar proteção a escultura.

É uma vaquinha sapeca. Volta e meia alguém a está fotografando, a cada mudança de performance dela. Essa é uma vaquinha diferente porque embora seja feita de concreto, ela muge.