Direto da Redação

07-02-2023

08h:04

Durante 40 anos, as pessoas ao passarem pela Avenida Afonso Pena com Rua da Bahia, na Região Centro-Sul da capital mineira, admiravam o enorme prédio do então hotel Othon Palace, como o próprio nome denotada, uma luxuosa maneira de se hospedar.

O imóvel tem 296 quartos e 28.936 metros quadrados de área construída, e certamente alimentou o imaginário de gerações das últimas quatro décadas porque recebeu gente de destaque como Tom Jobim, Roberto Carlos Ayrton Senna, Oscar Niemeyer e a prima-dama da França, Danielly Miterrand.

O belo-horizontino ou quem veem à capital não entende como é que uma estrutura daquela permanece fechada e se pergunta sobre o porquê de ter fechado. A Rede de Hotéis Othon decidiu vender o empreendimento com o argumento de ser “parte da estratégia de reestruturação da empresa”, o que de fato não atende a curiosidade dos que perguntam “o que vai ser daquele prédio tão bonito”, construído em forma de meia-lua. Bonito e localizado em um ponto estratégico da cidade.

Uma pessoa hospedada ali pode ir em todas as direções, até mesmo a pé, dependendo do caso. Visto de cima, há na cobertura uma grande piscina e para qualquer um de nós mortais seria um privilégio hospedar ali e ter uma visão de 360 graus da região, com a beleza do maciço da Serra do Curral.

Em 2021, no dia 6 de outubro, o imóvel foi a leilão e o grupo Alffa Empreendimentos S.A. o arrematou por R$ 32.450.000,00. Foi online o leilão, com meia hora de duração. Lance inicial de R$ 30 milhões. A empresa, que ainda não definiu o que vai fazer do imóvel, pagou na época cerca de R$ 6 milhões de débitos de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

Na ocasião, o grupo que arrematou considerou o leilão como “resultado esperado” e o ato foi uma alternativa para o plano de recuperação judicial homologado em 2020.