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Lições sociais da Sigma sobre como cuidar de comunidades além dos royalties

Lições sociais da Sigma sobre como cuidar de comunidades além dos royalties

“Entramos como investidores nesse mercado justamente para quebrar paradigmas e alinhar o processo produtivo com o propósito de descarbonização”, disse a co-CEO Ana Cabral.

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Direto da Redação

01-02-2023

08h:10

Quem é do tempo em que a empresa Minerações Brasileiras Reunidas (MBR) hoje Vale do Rio Doce, na década de 1970, em plena ditadura militar, quis destruir o frontispício da Serra do Curral, cartão postal de Belo Horizonte.

Quem já viu os estragos que a mineração irresponsável fez no dorso da Serra do Curral depois de andar 22 quilômetros sobre ela, em um sobe e desce, partindo do Vale do Jatobá até as proximidades do BH Shopping, das 8h às 17h, com um guia e a fotógrafa Vera Godoy, na década de 1990.

Quem acompanhou, mesmo que de longe, os desastres das barragens da Vale do Rio Doce, em Mariana, no dia 15 de novembro de 2015, e em Brumadinho, 25 de janeiro de 2019, que não sairão da lembrança, porque marcou para sempre a vida de centenas de famílias.

Quem viveu tudo isso se surpreende quando surge uma mineradora como a Sigma Lithium, que tem à frente a co-CEO Ana Cabral Gardner, uma das 20 mulheres escolhidas pela primeira-dama Rosângela da Silva (Janja) para debater sobre questões sociais e ambientais, com um discurso diametralmente oposto ao dos mineradores de práticas obsoletas e destruidoras.

“Entramos como investidores nesse mercado justamente para quebrar paradigmas e alinhar o processo produtivo com o propósito de descarbonização”, disse Ana Cabral Gardner. E emendou: “Vamos ganhar menos dinheiro para ser mais sustentáveis e gerar impacto positivo na comunidade”.

E é justamente disso que Araçuaí e Itinga, no Vale do Jequitinhonha (MG) onde a Sigma possui planta e vai começar a operar em abril próximo, comprometida com a sustentabilidade, em termos de matriz energética, tanto quanto no que diz respeito a água e ao solo, o que a torna perante o mundo a primeira planta sem barragem de rejeitos.

É o caso de desenvolver aqui uma pergunta de suma importância: qual mineradora tomou a iniciativa de renunciar, além dos royalties, a quantia de R$ 2,2 bilhões (US$ 430 milhões) ao longo de 13 anos, investindo os recursos nos dois municípios?

Na expectativa de produzir lítio grau bateria de alta pureza, a Sigma deve dar início já ao processo de britagem de lítio.

Quando começar a operação, em abril, a mineradora estará introduzindo o Brasil no rol global dos países que suprem o mercado de carros elétricos. Com um pormenor importante, será o primeiro a produzir lítio sustentável.

A Sigma trata a água do Rio Jequitinhonha, que é poluída por rejeitos de mineração de lítio de baixo valor. A empresa tem o cuidado de tratar a água em uma estação própria e não a devolve ao rio, mas faz com que seja reusada na operação. Mais ainda: sem uso de produtos químicos, e, ao final, o rejeito é o mínimo possível.

E só para voltar à questão dos royalties, as empresas de mineração são obrigadas a pagar aos municípios onde operam, 2% sobre a receita, o que, pelos cálculos chegaria a US$ 200 milhões em oito anos.

Entretanto, por iniciativa própria, a Sigma quer pagar mais 2% sobre a extração do mineral, o que a empresa faz muito bem e assim lança às demais mineradores a nova ordem para se relacionarem com as comunidades onde operam.

Imagem da Galeria A Sigma Lithium, no Vale do Jequitinhonha, está atuando junto com as comunidades
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