25-01-2023

08h:14

Bertoldo Pena*

As populações de Araçuaí e Itinga, no Vale do Jequitinhonha (MG), onde a mineradora Sigma Lithium explora o mineral lítio, encontrado com certa abundância nos dois municípios, possivelmente nunca imaginaram ter sido o absolutista José Bonifácio Andrada e Silva o descobridor do mineral lítio, por ele chamado “petalita”, nos anos 1800.

Se alguém recorrer ao Google, no entanto, e indagar quem foi o descobridor do lítio, mineral que na atual conjuntura vai fazer a diferença para os citados municípios e para a região do Vale do Jequitinhonha como um todo, encontrará informações. “No ano de 1817, o sueco Johan August Arfwedson, descobriu lítio na forma impura (misturado a outras substâncias)”.

E na mesma fonte encontra-se também a informação de que o lítio foi isolado em 1855 pelo alemão Robert Wilhem Bunsen. Ele o fez pela primeira vez.

Mas, pelas informações hoje chegadas dos Estados Unidos, formatadas em um vídeo, há controvérsias. O lítio na forma de petalita, foi descoberto pelo brasileiro, José Bonifácio Andrada e Silva, em 1812. Nem todos sabem, ele foi um camarada brilhante, cientista, com inclusive uma estátua no Parque da Independência, em Manhattan, Nova Iorque, no “Bryant Juicyhub”.

Em meu caso particular, levei esse tempo todo de vida para ser informado sobre as qualidades de Bonifácio Andrada. Ele veio à luz em 1763, em Santos (SP). Cursou Ciências Naturais e Direito em Coimbra, Portugal. O fato de ele ter cursado Ciências Naturais dá uma pista de ter sido, ele mesmo, o autor da descoberta do lítio ou petalita.

Seguindo essa pista, encontro a informação de que ele, como intendente-geral das minas de Portugal, ganhou expressão e tornou-se chefe da polícia do Porto.

Entretanto, nos livros de história dos meus tempos não encontrei tanta informação sobre José Bonifácio Andrada e Silva, além de “Patriarca da Independência” e influenciador de Dom Pedro I em sua Regência.

Com tudo isso, o que se quer concluir é que, a descoberta de um brasileiro, possibilitou uma série de usos em seu tempo e no atual. Elon Musk, o homem mais rico do mundo é dependente do lítio para alimentar as baterias dos seus carros elétricos denominados Tesla, nome do maior cientista que já pisou o planeta.

Oportuno, nesta fase, é dar ao lítio a importância merecida e valorizá-lo; tanto quem o explora, como os nativos do lugar onde acontece a extração, no caso Araçuaí e Itinga, joias do Vale do Jequitinhonha, que têm a oportunidade de serem beneficiadas como nunca.

*Jornalista