10-01-2023

10h:28

Anes Otrebla*

Se não fossem as redes sociais, os bolsonaristas terroristas teriam mais dificuldades para se mobilizarem, porque não contariam com a rapidez como os meios facilitam a comunicação.

Tudo foi planejado com antecedência, e se o Supremo Tribunal Federal (STF) quiser – se já não o fez – pode encontrar tudo no Telegram, por meio do qual os bolsonaristas se comunicaram e até mesmo o ex-presidente, ao postar uma foto dele em um trator com bandeiras do Brasil dos lados, e com mensagem cifrada dirigida ao agronegócio.

O plano diabólico deles era tomar as sedes dos Três Poderes de surpresa – e isso eles conseguiram; bloquear estradas, refinarias e aeroportos, parte do plano que não conseguiram viabilizar porque sofreram reação contrária e imediata.

Notícias de agora às 9h30 dão conta de que o ex-secretário de Segurança, Anderson Torres, sabia das ações e com antecedência, segundo o interventor Ricardo Capelli, destituiu o comando das polícias e viajou para os Estados Unidos de onde acompanhou, certamente, o circo “pegar fogo”.

Não é à toa que o ex-secretário tem prisão decretada e se não se apresentar, poderá ser pedida a extradição dele.

Os bolsonaristas que participaram de alguma forma dos atos do domingo, mesmo os que não vandalizaram nada, mas saíram de suas regiões para fazer número em Brasília, todos serão identificados e terão as contas bancárias bloqueadas para pagar os estragos causados aos bens públicos.

Pelo menos estas são notícias que chegam do Distrito Federal, e muitos dos bolsonaristas – homens e mulheres – choram e lamentam por estarem na Papuda.

Mal sabem que ao aderirem a esse plano diabólico não passaram de massa de manobra e agora, quem idealizou e os incitou a participarem de uma canoa furada como essa, ficaram e ficarão sozinhos com a responsabilidade de arcarem com os prejuízos materiais causados aos Três Poderes.

Aos poucos, eles caem na real e percebem, serviram de bucha de canhão seguindo ordens de perdedores inconsequentes, que assim provam, se no poder estivessem, estariam fazendo o que os seguidores fizeram.

E, é claro, nenhum cidadão dotado de bom senso e com juízo equilibrado aceitaria conviver com gente que destila ódio e se utiliza de meios violentos na tentativa de alcançar os seus objetivos questionáveis.

*Jornalista.