Direto da Redação

09-01-2023

10h:05

Se em meio aos mineiros – e os brasileiros – houver quem aprove as deprimentes e deploráveis cenas deste domingo, desde já informo, detestaria viver em um Brasil comandado por quem se utiliza da violência para tentar desfazer os resultados das urnas eletrônicas.

São terroristas, todos, até mesmo quem esteve lá e ficou a olhar homens encapuzados e de cara limpa, que quebraram tudo encontrado pela frente, roubaram armas e um número ainda não calculado de bens públicos.

Afrontaram a todos e a tudo, com violência sem igual, enquanto os que se encontravam em casa acompanhavam boquiabertos o vandalismo nunca visto na história do País, comparável aos atos de uma guerra fraticida.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva agiu com o rigor necessário e decretou intervenção federal no governo do DF, até o dia 31 deste mês; o secretário de Segurança Anderson Torres foi exonerado e o governador Ibaneis Rocha, o ministro Alexandre de Moraes afastou do cargo por 90 dias, sendo ele substituído pela vice-governadora, Celina Leão.

Agora de manhã, homens do Exército retiraram os que teimavam em ficar acampados às suas portas, demonstrando com isso comportamento diferente do que demonstrou antes, meros observadores dos atos antidemocráticos.

Mas, a causa principal do câncer precisa ser extirpada para não terminar numa metástase.

Cabe ao aparato de segurança, as polícias todas, apresentarem as provas de que o principal, o mentor de tudo isso, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que tratou de ir para os Estados Unidos, onde está sendo hostilizado, para dizer depois que nada teve a ver, porque nem aqui estava.

O Brasil inteiro sabe disso porque todos sabem fazer a leitura dos fatos. E de lá do exterior, contando com uma chusma de pessoas bolsonaristas radicais, enviava suas mensagens, como o próprio presidente Lula disse, utilizando de “códigos” pelos quais os seus deliravam.

Chegaram ao ponto de acreditar que a posse do presidente Lula não existiu e que tudo não passava de “ilusão de ótica”. Quem ali estava não era Lula. E em nome do ex-presidente lá estavam nas portas dos quarteis e no vandalismo nos Três Poderes para reconduzi-lo ao poder.

Essa massa de manobra usada por gente como o ex-senador Magno Malta, entre outros que daqui para frente terão os nomes na lista do ministro Alexandre de Moraes, como massa de manobra, em algum momento cairá na real – e já deve estar caindo porque 1.200 já foram presos – e verá a estupidez do que fizeram, mas será tarde demais, porque a essa altura teve de trocar o “conforto” do acampamento por uma cela da Penitenciária Papuda.

Propositalmente, deixei por último o sustentáculo dessas demonstrações terroristas e antidemocráticas, os idealizadores e os financiadores. Enquanto o ministro Moraes não souber o nome de cada um deles, para fazer sentir o peso da Justiça sobre as suas cabeças e bolsos, esse câncer não desaparecerá.

E o momento de operá-lo é agora!