Português (Brasil)

Suspensa de vez a licença da Tamisa na Serra do Curral e tombamento geral é a solução

Suspensa de vez a licença da Tamisa na Serra do Curral e tombamento geral é a solução

Esta talvez seja uma boa oportunidade para cuidar de vez do tombamento integral da Serra do Curral, que, ao longo das décadas vem sendo agredida pelas mineradoras.

Compartilhe este conteúdo:

Direto da Redação

05-01-2023

17h:47

A Taquaril Mineração S.A., Tamisa chamada, não vai poder instalar seu complexo minerário na Serra do Curral, na parte de do município de Nova Lima, porque na edição desta quinta-feira, 5, o Diário Oficial do Estado publicou que o governo de Minas suspendeu a licença dada à empresa.

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad) fez a publicação depois de o Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF) ter determinado a suspensão, em dezembro de 2022.

Ana Carolina Miranda Lopes de Almeida, subsecretária de Tecnologia, Administração e Finanças da Semad foi quem assinou a publicação, 22 dias depois da decisão tomada pela Justiça Federal de suspensão “imediata de quaisquer atividades realizadas pela mineradora no local”, isto é, em três municípios, Belo Horizonte, Nova Lima e Sabará.

Rememorando, em abril do ano passado o Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), órgão colegiado subordinado à Semad, concedeu a licença e logo aconteceu a reação de várias entidades ambientalista e processos na Justiça da capital pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) em defesa do que é um dos catões postais da capital.

O resultado de tudo isso atende ação civil pública que foi ajuizada pelo Ministério pública Federal (MPF), ano passado, mês de junho porque o empreendimento prejudica a comunidade quilombola Manzo Ngunzo Kaiango. Na 1ª instância, o pedido do MPF havia sido negado pela Justiça Federal.

Essa talvez seja uma boa oportunidade para cuidar de vez do tombamento integral da Serra do Curral, que, ao longo das décadas vem sendo agredida.

Em 1976, em pleno governo Militar, a Minerações Brasileiras Reunidos (MBR) tentou minerar na Serra do Curral bem no frontispício dela ao final da Avenida Afonso Pena. Não fosse a reação da imprensa escrita, na época, a sequência da serra seria interrompida e BH seria varrida pelos ventos.

MBR de ontem é Vale do Rio Doce de hoje e o buraco que aquela queria fazer no frontispício, surgiu atrás da serra e está se enchendo de água faz uns 15 anos e ficará cheio em 2025, segundo previsões.

Imagem da Galeria Aerra do Curral, um dos cartões postais de BH, está livre por enquanto da Tamisa
Compartilhe este conteúdo:

 

Synergyco

 

RBN